sábado, 2 de janeiro de 2010

2010 eeee????


Mais um ano que termina e outro que começa... A contagem do tempo... mas afinal o que é o tempo?

Como encaramos esta passagem, será um tempo homogêneo, indiferente do espaço, o acumulo de horas, as células que envelhecem e morrem? Ou será o tempo heterogêneo, qualitativo, distinto.

O Ano Novo marca, teoricamente, um período em que você fecha um ciclo determinado pelo nascimento de Cristo (na verdade não tão exato, pois existem grandes dúvidas sobre a data exata do nascimento, da existência de Jesus) De qualquer forma o ano novo cristão começa em 1º de janeiro. O réveillon instaura uma nova relação com o tempo, que na realidade não muda nada, o que muda? Ok, tudo bem, vai ter reajustes de tudo que você paga, você vai usar uma agenda nova, você vai contar mais um ano de envelhecimento, que na verdade é somente uma marca para apontar a passagem do tempo metabólico.

Na minha concepção, estas datas comemorativas não passam de mercantilistas, pois os próprios cristãos concordam que não existe precisão destas informações e quando questionados sobre a comemoração a única resposta que obtenho é – Não comemore, apenas participo da tradição, ou seja, o ser humano fabrica significados para justificar o pavor que se vive por se ver frágil dentro do universo.

Quero dizer, o universo não sabe o que é 31 de dezembro, ele não reconhece a cor branca então ele não irá enviar energias especiais para ninguém, mas mesmo assim as pessoas acreditam que algo mudou e algumas exceções, realmente conseguem mudar algo com a passagem deste ciclo. A espécie humana precisa criar significados para sobreviver, mas estes não podem ser criados por nós mesmos, necessitamos de algo superior (deus) para darmos credibilidade já que quando analisamos nossos postulados percebemos que nenhum deles é auto-suficiente para se manter em pé.



Um comentário:

Veridiana Prina disse...

Não sei, mas tem muito do que penso e sinto em relação a estas datas comemorativas, as pessoas precisam criar qualquer tipo de significado para se sentirem parte importante de algo maior, sendo que não passam de míseras coisinhas medíocres e insignificantes. A cada dia que passa tenho uma visão mais trágica do ser humano.