domingo, 30 de dezembro de 2012

MINHA PRODUÇÃO ESTÁ UMA BOSTA
MINHAS EXPECTATIVAS, NO BURACO
MINHAS CHANCES, NA VALA
MEUS SONHOS, UM PESADELO
MEUS DESEJOS INALCANÇÁVEIS
MINHA VONTADE LIQUIDADA
MEUS AMIGOS AFASTADOS
MEUS AMORES, DISTANTES
ATÉ PARA LAMENTAR FALTA VONTADE.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Na visão da periferia, PCC reduziu crimes, diz canadense que estuda violência em São Paulo


Baixos salários, falta de investimento, de funcionário especializado e de reconhecimento do trabalho são os problemas apontados pelo pesquisador canadense Graham Denyer Willis para a crise na segurança pública que atinge o Estado de São Paulo.
Willis veio ao país em 1996 fazer um intercâmbio e desde então acompanha a questão da criminalidade.
Em 2005, ficou intrigado com o resultado do referendo sobre armas de fogo e resolveu pesquisar o motivo de a maioria dos brasileiros ser contra a proibição da venda mesmo com o alto índice de homicídio no pais.
Foi quando ele descobriu o PCC (Primeiro Comando da Capital) --facção criminosa que atua nos principais presídios do pais-- e aprofundou sua pesquisa, que deve virar um livro após a conclusão.
Para o especialista, a facção é responsável pela queda nos índices de criminalidade em algumas regiões da capital paulista. "Os moradores falaram que, quando o PCC chegou, [os criminosos] estabeleceram uma ordem forte do que pode ser feito e do que não pode ser feito dentro da comunidade", declarou Willis.
O canadense é candidato a pós-doutorado em estudos e planejamento urbano no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), pesquisador visitante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador sênior do Instituto Igarapé.
Logo após os ataques do PCC de 2006, Willis passou cerca de quatro meses morando em uma das comunidades dominadas pela facção em São Paulo. O bairro não será divulgado por motivos de segurança, já que o pesquisador ainda não concluiu seu trabalho.
"Foi ficando perigoso passar muito tempo na comunidade, perguntando coisas, falando com as pessoas, e resolvi entender o outro lado. Como a polícia interagia com essas comunidades e como era o impacto do PCC no trabalho da polícia", afirmou Willis.
Neste ano, o canadense começou a acompanhar o trabalho dos policiais em uma delegacia de São Paulo, que ele também prefere não divulgar para não atrapalhar seu relacionamento com os policiais.
A pesquisa ganhou destaque após a publicação, no dia 1º dezembro, do artigo "O que está matando a polícia brasileira?" do jornal americano "The New York Times".
No texto, o especialista diz que o alto número de policiais militares assassinados este ano (quase cem) está relacionado aos salários baixos e a falta de apoio oferecida pelo Estado aos PMs.
Em entrevista ao UOL, Willis conta que ficou muito impressionado com as condições de trabalho da polícia paulistana e com a falta de confiança da população nos policiais.
UOL - O que você observou pesquisando o PCC?
Willis - O que foi interessante é que foi logo depois dos ataques do PCC em 2006, mas a pesquisa também foi feita na época em que o governo dizia que a queda de homicídios era devida ao trabalho da polícia. Foi uma queda grande, de 75%. Mas na visão da periferia não era nada disso. Até 2002, mais ou menos, quem estava morrendo era jovem entre 15 e 29 anos. Chegou um ponto, em 2003, 2004, que o PCC chegou de fato nas ruas e fez uma união entre os grupos menores armados que estavam na periferia.
Os moradores falaram que, quando o PCC chegou, [os criminosos] estabeleceram uma ordem forte do que pode ser feito e do que não pode ser feito dentro da comunidade E que se acontecesse alguma coisa tinham que falar com eles. Um sistema de lei e ordem bem diferente. São as regras que estão no estatuto. Já tem dois estatutos, um bem recente. Aí na comunidade não era só quem estava batizado, mas quem morava na comunidade que também não podia desobedecer as regras do PCC. E eles falam que antes era muito pior, [havia] briga entre policia e bandido, morria muito gente. Não podiam sair na rua à noite. Depois que chegou o PCC, estabeleceu essa ordem. Todo mundo sabe que se desobedecer vai ser julgado, sabe o que vai acontecer. Violar mulher, por exemplo, todo mundo sabe que é um crime muito grave e que o cara vai desaparecer ou vai morrer. Então, a taxa de homicídio nesses bairros caíram muito por causa disso. Na visão da periferia, nas comunidades onde o PCC controla, o PCC tem muito a ver com a queda dos homicídios, desde 2003, 2004. O Gabriel [de Santis] Feltran escreveu um livro ["Fronteiras de Tensão"] muito importante sobre isso.
Se você vir os dados de 1999, por exemplo, as comunidades que tinham mais problema com violência, são as que hoje estão dominadas pelo PCC, como Sapopemba, Jardim Angela, Cidade Tirandentes, Capão Redondo, Campo Limpo.  Depois do PCC, a taxa [de criminalidade] nessas comunidades caiu muito.
Quando você resolveu pesquisar a polícia?
A relação entre cidadão e a policia no Brasil sempre foi muito difícil porque tem a história muito profunda de que essa policia estava nas ruas durante a ditadura. E não tinha quase ninguém pesquisando a policia, para acompanhar, para saber qual é a realidade da rua, dos policiais que ganham um salário muito baixo, que moram na periferia. Eu conheci vários policiais que falavam que moravam em Sapopemba, em Campo Limpo, nesses lugares onde estão o PCC. Aí eu fiquei muito surpreso porque, então, o cara sabe quem manda na comunidade. E quando acontece alguma coisa nesses lugares, os moradores não avisam os policiais que moram lá, porque o PCC não vai gostar e vai ser resolvido com eles. Fiquei impressionado. Como esse policial faz, então, se ele tem que morar nessa comunidade, totalmente desmoralizado, ninguém quer saber quem ele é e, se souber, não vai gostar dele? Como ele faz o seu trabalho? Achei um problema muito grande e quis pesquisar melhor. Fui atrás de entender melhor.
Sobre falta de estrutura para o trabalho da polícia, você chegou a constatar alguma coisa?
O policial da rua, o investigador, o soldado ou o cabo têm uma realidade diferente da dos [policiais] mais altos, de quem manda. É muito difícil que os policiais que mandam, que fazem política, que estão mais ligados ao governador, saibam bem qual é a realidade da rua. Essas pessoas nunca moraram em uma favela, nunca viveram em uma condição de ganhar R$ 600, em que ele teve que trabalhar em mais três, quatro, bicos para poder pagar a escola da filha. Então fica difícil até porque o policial que está na rua nunca vai chegar ao ponto de ser chefe. (...) O que ainda é pior dentro da Polícia Militar. A instituição militar não tem espaço para a criatividade, para diálogo, não pode falar com seu superior, você é subordinado totalmente. As suas ideias não importam, são as ideias de quem mandam que são importantes. Só que quem manda não conhece bem a realidade das ruas.
O que mais você observou de dificuldade no trabalho dos policiais?
Salário é difícil, recurso é muito difícil. Por exemplo, tem muita gente falando sobre o trabalho de investigação hoje em dia, falta muito perito. Só em casos mais importantes, como homicídio, é que vai perito. Em casos gerais, dificilmente perito vai. A investigação precisa de muito mais recurso porque um caso não vai ser resolvido sem investigação.
Você chegou a pesquisar o valor ideal para o salário de um policial?
Não. Foi mais conversas com policiais. O salário do policial [soldado da PM em São Paulo] é de R$ 2.000 e pouco [com as gratificações], só que o cara tem que trabalhar em dois bicos em que, às vezes, pagam mais do que isso. Para sustentar mesmo família, viver em condições dignas, ele tem que ganhar mais ou menos o triplo do salário. Então, é uma situação muito difícil.
Isso seria uma das causas para a corrupção policial?
Em geral, fala-se isso. Por exemplo, esse policial que ganha R$ 2.000, que vai atrás do crime organizado e que de repente pega um cara que tem muito dinheiro na mão, com R$ 5.000 no bolso. Esse policial, que ganha muito mal, fica numa situação difícil porque ele sabe que pode pegar, pode levar, e vai ser muito difícil alguém ir atrás dele. O cara pode até ter muito moral, falar que é honesto, mas com o tempo é muito difícil não entrar na onda porque esse cara não consegue sair da comunidade onde foi criado, que é onde tem esses criminosos mais poderosos. Claro que ele quer sair, mas fica difícil.
O que você observou do papel do Estado durante essas situações críticas?
No meu entender, o policial de baixo escalão fala que não faz parte do Estado. Ele tem esse sentimento de que quem manda está em outro sistema totalmente diferente do dele. Ele fala "o Estado faz isso, que manda" como se ele não fizesse parte daquilo, como se a polícia não fizesse parte desse Estado que manda. Ele se sente deslocado de quem está falando como deve ser e como vai melhorar.
Do que você pesquisou até agora, o que precisa ser feito para melhorar o sistema de segurança do Estado?
A questão do salário é muito importante, mas não é o ponto central.  Outra coisa, é que o policial em geral tem que ser valorizado dentro das suas próprias comunidades. Por exemplo, seria muito bom chegar a um ponto em que o morador reconheça que o policial mora do seu lado e que se houver algum problema, ele pode procurar o policial, que ele vai entender, vai encaminhar para o lugar certo, alguém de confiança. Tem que fortalecer muito mais a investigação, para apurar os casos, desenvolver bem melhor do que o que está sendo feito agora. Tanto casos de homicídios, como de outros. A demora é muito grande para investigar, tem casos em que a pericia nem chega ao local do crime. Para fazer um laudo, demora mais de um mês. Então, é muito difícil. Em geral, a polícia tem que ser mais valorizada e receber mais investimento. Ficou desse jeito agora porque a população não confia na policia e tem razões históricas pra isso. A política acabou se afastando da polícia também. É mais fácil contratar segurança privada do que confiar na polícia. É importante que a política lá em cima tente reformar a visão da policia em geral. Tentar mudar a ideia de que policial é corrupto ou violento ou os dois para a que o policial está trabalhando para melhorar a sociedade e está do lado do cidadão. E que não precisa ser um policial violento, e sim um policial investigativo. Tem que valorizar uma polícia que seja mais proativa do que reativa.
Do início da sua pesquisa até o momento, você percebeu alguma mudança nas ações do Estado? Alguma melhora?
Já melhorou um pouco. A corregedoria, por exemplo, foi para a Secretaria de Segurança Pública em vez de ser da Polícia Civil. Teve algumas mudanças estruturais dentro da instituição que foram importantes. Mas você vê que essas mudanças só acontecem depois de algum caso polêmico. Os ataques de 2006, por exemplo, o caso daquela escrivã despida à força, tem esses casos polêmicos que saem na mídia e o Estado acaba reagindo e faz alguma coisa. Os avanços foram por causa disso, em vez de investimento, é reação. Tem que ser mais proativo do que reativo.
PS: Achei interessante essa matéria, pois vai de encontro ao que trabalhei no semestre passado sobre a criminalidade e suas novas formas de estabelecer uma subcultura própria, como mecanismo de dominação. Depois posto o texto que produzi.




segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

De repente, classe C



Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar

Eu me considerava um rapaz razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C.
Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Todo mundo fala de nós e, claro, quer nos atingir de alguma forma.
Há empresas, publicações, planos de marketing e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e se meus filmes favoritos são do Van Damme ou do Steven Seagal.
(Aliás, filmes dublados, por favor! Afinal, eu, como todos os membros da classe C, aparentemente tenho sérias dificuldades para ler com rapidez essas malditas legendas.)
A televisão também estudou minha nova classe e, por isso, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros (supostamente gosto disso), as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas, cabeleireiras como musas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu.
A diferença é que nesses bairros, os da novela, não há ônibus que demoram duas horas para passar nem buracos na rua.
Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um âncora, digamos, mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. Deve estar lá para chamar a minha atenção com mais facilidade.
As empresas viram a luz em cima da minha cabeça e decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo. Antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Quer dizer, talvez existisse, mas não tinha nome nem capital razoável.
De modo que agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI.
E as universidades privadas, então, pipocam por São Paulo. Os cursos custam R$ 200 reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância.
Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo Ministério da Educação, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber?
E se eu não acreditar na educação privada, posso tentar uma universidade pública, evidentemente. Foi o que fiz: passei numa federal, fiz a matrícula e agora estou em greve porque o campus cai aos pedaços. Não tenho nem sala de aula.
Não que eu não esteja feliz com meu novo status de consumidor, não deve ser isso. (Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem cem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então?)
O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar ao trabalho porque o trem quebra todos os dias, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes do bairro.
Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas -não somos pobres, mas classe C.
Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Fazer o quê, se eu gosto é de autoajuda?

LEANDRO MACHADO, 23, é estudante de letras na Universidade Federal de São Paulo, mora em Ferraz de Vasconcelos (SP) e escreve no blog Mural, da Folha

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/54594-de-repente-classe-c.shtml

Este texto foi utilizado na aula da pós graduação em Sócio psicologia, na disciplina de Sociologia Contemporânea. Achei muito bacana e por isso quis compartilhar, visto que o mesmo representa muito bem, e com a dose certa de sacarmo, a atual classe C. 
É uma reflexão muito interessante, pensar que a nova "classe" C é intitulada de acordo com a visão dos economicistas, mas quais simbologismo é pertencente a essa classe? Será que mesmo com uma renda de classe C a cultura e o Habitus desse grupo são aceitos socialmente dentro deste norte?

É ainda tem muito que se pensar sobre este novo fenômeno...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sociólogo analisa obra que retrata a culinária paulista do final do século 19


Todo paulista deveria ir, ao menos uma vez na vida, à Pinacoteca do Estado. Indo à Pinacoteca, deveria estacionar diante do quadro de Almeida Júnior, "Cozinha Caipira" (1895).
Diante do quadro, vasculhar os componentes da cozinha e demorar-se na solidão da mulher de cócoras, catando feijão na peneira -iluminada pela luz estreita que atravessa a porta, a mostrar a posição herdada dos índios.
Diante da sua solidão, meditar sobre o verso de João Cabral de Melo Neto: "Catar feijão se limita com escrever".
O quadro de Almeida Júnior expressa uma ideia profunda sobre o caipira: o abandono na pobreza. Tudo é tosco, caindo aos pedaços (como as paredes), sem que qualquer elemento tenha grandeza e dignidade.
O forno romano (que hoje chamamos "forno de pizza"), à esquerda em primeiro plano, tem uma história maravilhosa de Roma a nossos dias, passando pela Catalunha medieval, de onde se difundiu. Mas está lá, desmilinguido, incorporado ao quadro como ruína de antiga civilização.
O banquinho indígena, em primeiro plano, à direita, evoca outra ruína civilizatória, como a perguntar: o que fizemos com os índios?
No segundo plano, à esquerda, um grande pote vazio, ladeando um pilão talhado em tronco de árvore. Ao fundo, o fogão a lenha, sobre o qual se vê no fumeiro uns embutidos e um pedaço de toucinho de porco; à direita do fogão, a porta que tem por sentinela uma galinha e oseu minúsculo pintinho. E, ao fundo, no quintal, um verde milharal.
Editoria de Arte/Folhapress
A POBREZA DO JECA
Milho, galinha, toucinho, feijão catado -coisas que, combinadas com simplicidade, hoje achamos iguarias, mas que expressam justamente a pobreza do Jeca que Monteiro Lobato descreveria algumas décadas depois.
Da representação da pobreza em "Cozinha Caipira" à materialização do requinte de hoje, a culinária parece ser esse terreno onde deslizamos do presente ao passado sem tropeçar no fato de que encarna uma história que preferimos apagada pelo tempo.
Relações sociais dramáticas, de uma civilização de frangalhos, plasmadas hoje como coisas saborosas.
Massacramos os índios e nos vimos como heróis, bandeirantes. Recobrimos tudo com pizza e molho de tomate; além dos sushis e quibes, é claro. São Paulo não tem história digna desse nome porque ela é feia, muito feia.
Sangue e pobreza. Importamos a história culinária dos imigrantes junto aos sabores que competem com a cozinha caipira. Mas Almeida Júnior está na Pinacoteca justamente para nos lembrar dessa outra história. A história de cócoras.
E quando comemos feijão com toucinho ou linguiça, ou quirerinha de milho com frango ou suã de porco, somos um pouco como os índios ianomâmi. Seus mortos, feitos em cinzas e misturados a outras coisas, eles comem em silêncio para que sejam esquecidos e, assim, ultrapassem os umbrais do Paraíso.
Carlos Alberto Dória é sociólogo, autor do livro "A Formação da Culinária Brasileira" (ed. Publifolha) 
Conheça a obra
Onde Pinacoteca
Endereço Praça da Luz, 2, tel. 0/xx/11/3324-1000

Blog do Carlos: http://ebocalivre.blogspot.com.br/


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/comida/1195842-sociologo-analisa-obra-que-retrata-a-culinaria-paulista-do-final-do-seculo-19.shtml