quinta-feira, 26 de junho de 2014




“A reforma do sistema político, necessária para avançar na conquista da 

democracia, da soberania e das necessidades de todos os setores oprimidos, mais

do que nunca está na ordem do dia.”

Junte-se ao Plebiscito e entre nessa luta!

COMITÊ MUNICIPAL – CARAPICUÍBA – Reúne-se todas as quintas-feira, às 20h, na 

Igreja Matriz N.S. Aparecida
   
  COMITÊ REGIONAL – OSASCO E REGIÃO – Reúne-se todo último domingo de cada mês 

no Centro de Pastoral da Diocese de Osasco – Matriz Santo Antonio – Das 8h às 12h

SOMOS UM GRUPO SEM VÍNCULO COM PARTIDO POLÍTICO, RELIGIÃO... TODOS SÃO BEM 

VINDOS.

PARTICIPE DA CONSTRUÇÃO DO PLEBISCITO EM NOSSA CIDADE

À espera da geração de mulheres que não se importam com o que os homens querem

Texto de Michele Escoura.
A leitura do texto de Ruth Manus em seu blog do jornal O Estado de São Paulo na última quarta-feira (18/06) expôs as angústias de uma mulher em meio às transformações nos padrões de feminilidade das últimas gerações. A colunista em certa altura do texto relata como sua educação familiar priorizou suas conquistas nos campos públicos da sociedade, como educação e mercado de trabalho, em contrapartida aos papéis tradicionalmente vistos como femininos. Conta dos olhos de sua mãe que brilhavam mais com suas “notas 10” do que as receitas de bolos acertadas. E do orgulho dos pais com o curso na Sorbonne enquanto deixavam de lado o curso de corte e costura, a arte de preparar um arroz ou de rechear um lagarto. Ruth aprendeu a dirigir, aprendeu inglês, a gostar de esportes, construir um bom currículo e ganhar seu próprio dinheiro, assim como os meninos.
Pertencente a esta nova geração de mulheres “criadas para ganhar o mundo”, a colunista destaca o desafio: estaríamos criando um mundo de mulheres que chegam à vida adulta seguras de si, porém sozinhas. Segundo ela, os novos voos alçados pelas mulheres nos estariam deixando alheias àquilo que os homens, em contrapartida, teriam aprendido sobre o que é a mulher ideal para desejarem. Neste imbróglio de transformações sobre a feminilidade, Ruth se vê parte de uma “incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer”. Afinal, em seus próprios termos, “quem foi educado para nos querer?”.
O grande mérito de seu texto é evidenciar que, afinal, décadas de intenso debate feminista não foram em vão. Enfim as mulheres estão conquistando novos e inesperados espaços. E é justo que mudanças nos tragam dúvidas e incertezas. Mas o angustiado relato de Ruth, entretanto, poderia colocar uma outra questão: por que, mesmo com todo o frescor de liberdade que nos está sendo ensinado pelas últimas gerações, ainda nos ensinam que devemos tanto nos preocupar em estar acompanhadas? Por que ser desejada por algum homem é tão necessário, ou, ainda, por que casar é ainda tão importante para as mulheres?
Durante alguns anos realizei pesquisas com crianças pequenas sobre os contornos de feminidade e certa vez ouvi de uma garota de cinco anos que ser Princesa, para ela, “era ter um príncipe, porque se não casar não é princesa, é solteira”, ao mesmo tempo em que me contava que sua mãe sempre dizia que “tem que casar, porque não tem como ser feliz sozinha”. Parece que Ruth também aprendeu isso.
Nas últimas décadas tomamos as ruas com nossos carros, tomamos os cargos de chefias e tomamos nossas cervejas em mesas sujas de botecos, para o horror de muitas bisavós. Mas quando nós, mulheres, vamos tomar a coragem para mudar também o que entendemos por “felicidade”? Quando deixaremos de ensinar às nossas meninas que elas só serão felizes e completas quando encontrarem o homem de suas vidas? Sim, Ruth, quando deixaremos de nos preocupar em sermos as mulheres que os homens querem? Conquistamos os bancos escolares, o mercado de trabalho e os assentos de aviões para rodarmos o mundo. Mas quando conquistaremos a independência de nossos corpos e desejos? Quando conquistaremos a liberdade de sermos o que quisermos independente da expectativa dos outros sobre nós mesmas?
Foto de Spyros Papaspyropoulos no Flickr em CC, alguns direitos reservados.
Foto de Spyros Papaspyropoulos no Flickr em CC, alguns direitos reservados.
Não vamos aqui duvidar do valor das relações e da importância de termos parcerias em nossas vidas. Mas questionemos, Ruth, essa obrigação de sermos sempre a princesa de alguém. Nós podemos alçar sonhos muito maiores do que aqueles que nos foram ensinados e, Ruth, não aceite essa conexão entre as ideias de “estar solteira” e culpa. Deixaram de nos ensinar a diferença entre alvejante e água sanitária, mas continuam nos ensinando que não ter um homem para dormir sobre o peito é, necessariamente, estar em falta.
Cara Ruth, compadeço com suas palavras e me reconheço na máxima de que “não vamos andar para trás”. Mas nosso primeiro próximo passo, talvez, seja reconhecer que liberdade para as mulheres é muito mais que pagar nossas contas. Liberdade é, inclusive, emancipar-se daquela velha e já batida ideia de que uma mulher só se completa com o amor verdadeiro e de que o sonho de todas nós deve ser um dia se vestir de noiva. Deixa disso, Ruth. Sejamos mais do que a sociedade espera da gente e comecemos retirando o “ser tudo o que um homem NÃO quer” do título de seu texto e de nossas preocupações.
Autora
Michele Escoura é antropóloga, pesquisadora do NUMAS – Núcleo de estudos sobre os marcadores sociais da diferença da USP e assessora da ONG Ação Educativa, onde realiza trabalhos sobre gênero e educação.
Fonte: http://blogueirasfeministas.com/2014/06/a-espera-da-geracao-de-mulheres-que-nao-se-importam-com-o-que-os-homens-querem/

sexta-feira, 6 de junho de 2014

As consequências da legalização da maconha no Uruguai

Uruguai: após regulação da maconha, mortes ligadas ao tráfico da erva chegam a zero

maconha uruguai legalização
Nesta semana, durante debates na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado a respeito de regulamentação da maconha para uso recreativo, medicinal e industrial, o secretário nacional de drogas do Uruguai, Julio Heriberto Calzada, afirmou que seu país – o único no mundo a legalizar o cultivo, a comercialização e distribuição da maconha – conseguiu reduzir a zero o número de mortes ligadas ao uso e ao comércio da droga. A legalização foi decretada pelo presidente José Mujica há menos de um mês.
Ainda que reconhecendo que a legalização da maconha possa elevar o número de usuários, Calzada alega que “vale a pena correr o risco do aumento, desde que reduza o aumento de mortes pelo tráfico de drogas”, como relatou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), coordenador da discussão sobre o tema na CDH. O senador ainda diz que, antes de apresentar seu relatório aos integrantes da comissão, ele pretende realizar audiências com especialistas de diversos setores. Para o senador, a responsabilidade de o relatório estar em suas mãos é um “abacaxi”: “Gastei muitos anos de vida para ser o senador da educação. Não quero o carimbo de ‘senador que liberou a maconha’. Se tiver de colaborar para isso, salienta, será por “uma obrigação histórica”, da qual não possa correr, como explicou em entrevista concedida à Agência Senado.
Mesmo assim, o senador ressaltou que uma das maneiras de se livrar do tráfico de drogas é a regulamentação: “Vamos continuar vivendo com tráfico de drogas? Não. Como vamos nos livrar do tráfico? Uma das propostas que têm hoje é a regulamentação”. Além disso, o representante uruguaio também disse acreditar que a “combinação com outras ferramentas de política pública, em aspectos culturais e sociais, poderá modificar padrões de consumo e levar ao êxito na redução de usuários”.
Na audiência pública de ontem, a maioria das vozes era contrária à aplicação da experiência uruguaia no Brasil. Luiz Bassuma, ex-deputado federal, apontou que a atual população do Uruguai, em sua totalidade, provavelmente corresponde ao mesmo número de usuários de drogas no Brasil, cerca de três milhões. Bassuma argumentou que a facilitação do consumo de drogas refletiria diretamente em crianças e adolescentes e disse que regulamentar seu uso – mesmo em nome do fim da guerra contra o narcotráfico que clama a vida de milhares de pessoas todos os anos – seria incorreto.
Segundo a presidenta da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES), a sugestão apresentada por meio de iniciativa popular foi apoiada por cerca de 20 mil pessoas em nove dias. Se tiver apoio dos parlamentares, a proposta pode ser convertida em projeto de lei. Nessa terça-feira (3), Calzadaparticipou do seminário “Drogas: A experiência do Uruguai, um caminho fora da guerra”, em Porto Alegre.
*Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/06/legalizacao-da-maconha-zerou-mortes-ligadas-erva-uruguai.html

The Flower

quarta-feira, 4 de junho de 2014

The Reverend Peyton's Big Damn Band - "Devils Look Like Angels"

Especialista dá dicas de como preparar um bom café em casa

Já na virada dos séculos 18 e 19 uma questão incomodava o pensador de gastronomia francês Brillat-Savarin: qual seria a melhor maneira de fazer café?
Em seu livro "A Fisiologia do Gosto" (Companhia das Letras), conta que tentou muitas fórmulas até encontrar sua predileta, entre elas preparar o café sem queimá-lo, tomá-lo frio e fazê-lo ferver por trêsquartos de hora.
Karime Xavier/Folhapress
café, um ritual

Muita água rolou desde então. Hoje, existem técnicas precisas para selecionar, moer e torrar grãos. E quem gosta de uma boa xícara tem à disposição não só cafés de qualidade, mas apetrechos de nomes ousados como chemex, clever e hario V60.
São métodos que oferecem possibilidades distintas, como extração mais ou menos rápida e filtros de diferentes materiais e design.
E, diante da oferta, vale retomar a questão de Brillat-Savarin: qual deles é o melhor?
Na verdade, nenhum. Depende de sua preferência por aromas, sabor e corpo.
Essa é a complexidade do café: ele pode mudar com o método, a moagem, a quantidade utilizada. Você precisa conhecer o perfil da bebida de que gosta e testar sua receita, explica Leo Moço, barista campeão brasileiro.
Para ajudar nessa descoberta, o "Comida" ensina a usar seis métodos seguindo dicas de Moço, da barista Carolina Franco, da Lucca Cafés, em Curitiba, e do consultor Ensei Neto. A cafeteira com coador de pano acabou ficando de fora porque o tecido pode acumular resíduos.
De resto, aprecie também dicas essenciais para trazer um bom resultado à (qualquer) xícara. E, se pintar alguma dúvida, dê uma olhada em nosso glossário clicando aqui. Bom cafezinho.
*
DICAS PARA FAZER EM CASA
Siga as orientações da barista Carolina Franco de Souza, da Lucca Cafés Especiais, de Curitiba
1 Escolha um grão de boa qualidade, indicado como "café especial" na embalagem. Não confunda com denominações como "gourmet" ou "superior". Na dúvida, prefira marcas com o selo da Associação Brasileira de Cafés Especias (BSCA)
2 Prefira o grão Arábica que, se bem cultivado, tem grandes chances de produzir um bom café
3 Utilize o pó em três semanas no máximo. No período, evite geladeira, umidade, luz e cheiros fortes. O ideal é mantê-lo em seu próprio saquinho, fechado dentro de um recipiente com tampa, no armário
4 Use água filtrada ou mineral para evitar a presença de cloro, que destrói os óleos essenciais do café
5 Ferva a água. Depois disso, desligue o fogo e deixe descansar por um minuto. O processo garante que a temperatura não esteja em 100°C na hora de passar o café, o que extrairia mais sabores amargos
6 Use de 5 a 6 colheres de sopa de café moído para cada litro de água
7 Moa os grãos logo antes do preparo e, assim, preserve os aromas e previna a oxidação, que pode dar gosto rançoso à bebida
8 Evite o filtro de pano. Reutilizável, ele pode manter resíduos de gordura. Além disso, os tamanhos dos buracos, muito diferentes, não oferecem uma extração regular
9 Depois de colocar o filtro, escalde o papel para evitar que o aroma de celulose interfira no gosto. Descarte essa água
10 Coloque um pouco de água para hidratar o café e, só depois, despeje o restante. A pré-infusão elimina as bolhas de ar, aumentando a interação entre o pó e a água no restante do processo
11 Escalde a xícara para conservar o calor da bebida por mais tempo
12 Consuma o café em, no máximo, uma hora para evitar a oxidação. Ainda assim, apenas se a bebida for conservada em garrafa térmica de boa qualidade
13 Tente ingerir a bebida sem açúcar. O café de boa qualidade já tem uma doçura natural.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/comida/2014/06/1464600-especialista-da-dicas-de-como-preparar-um-bom-cafe-em-casa.shtml

terça-feira, 3 de junho de 2014

Clipe Felicidade - Marcelo Jeneci

Precisamos nos drogar para não sucumbir?

São infinitas as formas com que o ser humano conseguiu, através de uma paixão, resistir à dureza, à violência e à monotonia da existência.
Há um aspecto das drogas do qual pouco se fala, porque o ser humano ou se droga de algum modo ou enlouquece. A falácia radica em que hoje chamamos de droga tudo que pode ser uma âncora para poder sobreviver sem perder o gosto pela existência.
Chamamos de droga tudo que nos oferece prazer, do sexo à comida e não só os estupefacientes químicos. Na verdade, mais que de drogas, trata-se de “paixões”, como se apelidavam antes que o comércio milionário e violento das drogas químicas se apropriasse da palavra.
Desde os tempos mais antigos, o ser humano se drogou em busca de uma alteração da consciência que lhe produzisse prazer e alegria e lhe permitisse esquecer as agruras da vida. Fez isso até ritual e religiosamente, usando as plantas e tudo que alterava os sentidos.
Os psicólogos alertam que o ser humano – assim como provavelmente muitos dos animais – enlouqueceria se não tivesse paixão por algo. Podem ser grandes ou pequenas paixões, mas necessitamos de algo que nos excite, ofereça-nos ilusão a cada dia que amanhece e a cada noite em que nos rendemos ao sono.
São infinitas as formas com que o ser humano, através de uma paixão que lhe ofereça algum tipo de satisfação, conseguiu resistir à dureza da existência, a sua monotonia ou a sua violência.
Busca-se essa paixão ou essa droga por todos os meandros de nossa vida. Pode ser o poder como afrodisíaco, o sexo, o amor, a leitura, a arte ou a paixão pela natureza. E até a religião.
Pode ser que haja paixões que consideramos mais nobres que outras, mas no final são todas elas um medicamento mais ou menos ilustre que nos impede de enlouquecer.
Há quem se refugie na fruição das drogas químicas, ou do álcool. Uma grande paixão de amor é também uma grande droga até o ponto em que se diz, sobre as pessoas que a vivem, que parecem enlouquecidas.
Atribui-se uma periculosidade especial às drogas, às quais se diferencia das paixões, porque elas podem levar à morte e alterar nossa capacidade cerebral. Entretanto, igualmente perigosa e letal pode ser uma grande paixão de amor ou sexual.
Quantos se suicidaram no mundo por amor, ao não ser correspondidos ou não conseguir superar essa paixão? Ou mataram arrastados por ela? O jogo e o poder são outras paixões que podem levar ao suicídio. Mas o que produziria mais morte no mundo seria a falta de paixões. Sem elas, o ser humano ou enlouqueceria ou se embruteceria.
Pode ser uma droga também a paixão pelo exercício físico ou até pela religião, qualificada por Marx de “ópio do povo”, mas o certo é que o fato religioso pode chegar a ser uma das drogas mais fortes capazes de alterar as consciências. Basta recordar os grandes místicos, seus êxtases e suas paixões por imitar o Crucificado.
Já houve místicas que passaram até meses sem comer, alimentando-se da Eucaristia, e até sem dormir E os santos com chagas, como Francisco de Assis ou, em nosso tempo, o Padre Pio? Hoje a ciência sabe que essas chagas são produzidas por esses místicos com a força de sua paixão pela identificação com Cristo. Existe maior droga? E os mártires? Alguns médicos agnósticos me confessaram que morrem menos desesperados aqueles que têm nesse momento a âncora de alguma fé religiosa.
O ser humano, apesar de toda sua arrogância externa, nasce frágil e carrega essa fragilidade física e psíquica por toda a vida. Ninguém nasce destinado à felicidade, que é paradoxalmente uma conquista dolorosa. Nenhum bebê nasce rindo, nasce chorando talvez de medo e de estupor.
A vida por si mesma nem sempre basta para uma realização total das ânsias de felicidade e de conquista do Homo sapiens. O homem, para melhor realizar-se e melhor lutar contra suas frustrações, necessitará de alguma paixão se não quiser sucumbir ou render-se à mediocridade.
Poucas drogas são mais fortes na vida, por exemplo, que uma amizade verdadeira, sincera, forte, inquebrável. É o melhor antídoto contra a solidão.
Existem as drogas consideradas positivas e as negativas, como existem os verdadeiros e falsos amores. Entre as negativas, poucas são tão fortes e tão letais, em nossa existência, como a solidão forçada, a falta de amor ou o abandono dos que amávamos.
Até no ser humano que se sente realizado segue viva em seu interior, como uma ameaça latente, essa fragilidade com que todos nascemos.
Entre os satisfeitos ou falsamente satisfeitos com sua fatia de poder e autossatisfação, pulsa, filho dessa fragilidade congênita, o medo de perder seu paraíso
Sem algo que o sacuda da rotina e da mediocridade, o ser humano, do mais culto ao mais analfabeto, cairia na infelicidade. Às vezes, entretanto, uma pequena paixão ou alegria, como o perfume do café ao despertar; o sorriso de um filho ou um neto, a ajuda generosa e desprendida a alguém que chega até você em busca de ajuda e de consolo, pode constituir a melhor e mais poderosa droga para poder continuar apreciando a vida.
Podemos até alterar nossa consciência, por exemplo, com a fruição de uma música, com a contemplação de uma pintura que nos empolga e até com o esplendor de um arco-íris, como o que esta manhã, depois de uma chuva outonal, surgiu como um deus, sobre o Atlântico que tenho diante de meus olhos ao escrever.
Pode alguém drogar-se com a beleza ou com uma leitura o apaixone? A melhor droga seria na verdade a vida em si, mas às vezes, para tantos, é tão cruel, que precisam temperá-la e adoçá-la com alguma paixão. Quando até isso falta, a noite se torna duplamente escura.
Por que estão aumentando no mundo a depressão e o estresse?
Possivelmente por falta dessas pequenas ou grande paixões que são o melhor remédio para desfrutar a vida e fugir de sua crueldade e frustração.
Sem alguma paixão que nos sacuda de dentro, até um amanhecer acabará ferindo nossos olhos acostumados à escuridão das noites vazias e até o silêncio nos fará um ruído insuportável.
Embalados, em vez disso, por alguma paixão, tudo recupera o frescor e a beleza do primeiro dia da criação.

*Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/06/01/opinion/1401657357_559577.html