tag:blogger.com,1999:blog-62891963062132426592024-03-14T07:25:56.031-03:00VeRd No PaRaIsOVeridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.comBlogger319125tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-67903064309522502132014-08-07T12:25:00.005-03:002014-08-07T12:25:56.963-03:00A legalização da maconha no Uruguai ainda não saiu do papel<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: center;">
<img src="http://ep01.epimg.net/internacional/imagenes/2014/08/06/actualidad/1407361148_070069_1407368899_noticia_normal.jpg" /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
O Uruguai foi <a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2013/12/10/sociedad/1386706062_432879.html" style="border-bottom-style: none; color: #005b9a; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;" target="_blank">o primeiro país do mundo a legalizar a produção e a venda de maconha em dezembro de 2013</a>, um papel pioneiro que tem seu preço no momento de colocá-lo em prática. A distribuição de cannabis está prevista por três vias: o autocultivo, a inscrição em um registro que dá acesso à substância nas farmácias e a entrada em um clube de maconha. O Governo uruguaio ainda não regularizou nenhuma dessas formas de consumo, mas, na prática, <a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/16/sociedad/1400247697_364810.html" style="border-bottom-color: rgb(0, 91, 154); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #005b9a; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;" target="_blank">o autocultivo da planta está em pleno auge</a> à espera que a lei ganhe forma.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
As autoridades uruguaias acabam de fazer a primeira chamada para a licitação dos cultivadores que fornecerão para o Estado, segundo fontes próximas ao Executivo. A maconha produzida será enviada às farmácias e estará à disposição dos consumidores registrados.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;">A</span><span style="font-size: 14px;"> </span><a href="http://www.fac.cc/" style="border-bottom-color: rgb(0, 91, 154); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #005b9a; font-size: 14px; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;" target="_blank">Federação Nacional de Cultivadores de Cannabis do Uruguai</a> <span style="font-size: 14px;">calcula que o investimento para iniciar uma plantação em grande escala totalize cerca de 3,4 milhões de reais. O Governo espera que a maconha esteja disponível nas farmácias em dezembro, mas muitos estimam apenas em janeiro de 2015, já que os plantadores terão que construir instalações e esperar a colheita.</span>As empresas trabalharão em campos de propriedade do Estado, preferencialmente distantes das zonas de fronteira com o Brasil e com a Argentina. Serão selecionadas cinco firmas nacionais ou estrangeiras cuja "produção será realizada em instalações como estufas ou recintos fechados com condições controladas de temperatura, luz e umidade", detalharam as autoridades.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
Outro assunto pendente é o registro de consumidores no qual deverão estar inscritos todos os que queiram ter acesso à substância nas farmácias. Uma empresa de informática trabalha no desenvolvimento de uma rede protegida contra qualquer intervenção externa, já que a lei garante a privacidade dos usuários. As agências de correios em localidades com mais de 100.000 habitantes terão autorização para inscrever os cidadãos que desejem ter acesso à maconha, com limites de consumo semanais e mensais.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
O capítulo mais avançado da legalização é a criação de clubes de consumidores de maconha. As pré-inscrições para o registro legal já começaram e em breve serão oficiais.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px;">Laura Blanco, presidenta da AECU, avalia que agora começa o trabalho de capacitação: "São necessários de três a quatro anos para formar um cultivador que possa se abastecer durante todo o ano".</span>As unidades do clube <a href="http://aecu.org.uy/" style="border-bottom-color: rgb(0, 91, 154); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #005b9a; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;" target="_blank">Associação de Estudos da Cannabis do Uruguai</a>(AECU), com sede em Montevidéu, estão em fase de construção e o ritmo é frenético. O número de cultivadores aumentou, como demonstrou um evento de degustação de maconha realizado no último dia 20 de junho, ao qual estiveram presentes 104 produtores para a votação de 155 amostras. Estas reuniões, que antes eram clandestinas, agora são apenas privadas. Os cultivadores, acostumados a ter problemas com a Justiça e com a Polícia, continuam cautelosos e por isso o clube AECU terá um local secreto ao qual terão acesso apenas os 45 sócios autorizados. Cada um pagará 350 dólares (cerca de 800 reais) de inscrição e uma cota mensal de 65 dólares (148 reais).</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
Não são todos os clubes que funcionam com as portas fechadas. A Hoja Roja, também entre os pré-inscritos, planeja atender a população. Julio Rey, um dos membros do clube e presidente da Federação Nacional de Cultivadores de Cannabis, confirma que há uma "explosão" do cultivo que inunda os bares de Montevidéu com flores de maconha "melhores do que qualquer prensado paraguaio".</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
A maconha ilegal, que vem do Paraguai, está sendo substituída em grande velocidade pelos gomos de cânhamo provenientes do autocultivo doméstico. Os consumidores assíduos afirmam que a maconha "caseira" tem muito mais aroma e um efeito mais forte, além de ser quase gratuita. Este método de produção e consumo encontra-se num limbo jurídico: o Executivo não concretizou ainda seu desenvolvimento legal na prática, mas o cultivo é tolerado sempre que não entre no circuito de venda ao público. Os cultivadores projetam que no verão haverá uma grande quantidade de flores e cânhamos disponíveis, com a lei em vigor ou não.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px; text-align: justify;">
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/06/internacional/1407361148_070069.html</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-1766275780403614462014-07-24T22:03:00.000-03:002014-07-24T22:03:11.514-03:00Homens recebem salários 30% maiores que as mulheres no Brasil<div class="documentDescription" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 1.5em; margin: 20px 0em 0.5em;">
Em estudo recém-divulgado, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID - mostra que, apesar do recente crescimento econômico e das políticas destinadas a reduzir as desigualdades, as <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span>s salariais relacionadas a gênero e etnia continuam sendo significativas nos países latino-americanos.</div>
<div class="plain" style="background-color: white; border: none; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
O estudo promoveu a análise de informações domiciliares provenientes de 18 países da região, constantando que as mulheres, os/as negros/as e os/as indígenas recebem salários inferiores aos dos homens brancos na América Latina. As conclusões são parte de uma série de estudos sobre as <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span>s salariais em diversos países da América Latina e estão presentes no relatório intitulado "Novo século, velhas desigualdades: <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span>s salariais de gênero e etnia na América Latina", escrito pelos economistas do BID Hugo Ñopo, Juan Pablo Atal e Natalia Winder.<br /><br />A pesquisa faz uma comparação entre os salários de indivíduos com as mesmas características demográficas e de emprego. A análise das disparidades salariais se dá, por um lado, por meio da avaliação da <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span> de salário entre essas pessoas, baseada em seu gênero ou etnia, e, por outro, da análise da possibilidade desses grupos preteridos terem acesso a combinações de características que lhes permitiriam ganhar um maior salário no mercado de trabalho.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Disparidades salariais de gênero </span><br /><br />As mulheres latino-americanas ganham menos, mesmo que possuam um maior nível de instrução. Por meio de comparação simples dos salários médios, foi constatado que os homens ganham 10% a mais que as mulheres. Já quando a comparação envolve homens e mulheres com a mesma idade e nível de instrução, essa <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span> sobe para 17%. Da mesma forma, a população indígena e negra ganha em média 28% menos que a população branca de mesma idade e nível de instrução. Uma das conclusões do estudo é de que a <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span> <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">salarial</span>étnica poderia ser reduzida em quase um quarto com a melhora dos níveis de instrução dessa população.<br /><br />De acordo com a pesquisa, os homens ganham mais que as mulheres em todas as faixas de idade, níveis de instrução, tipo de emprego ou de empresa. A disparidade é menor nas áreas rurais, em que as mulheres ganham, em média, o mesmo que os homens. A menor <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span><span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">salarial</span> relacionada a gênero está na faixa mais jovem da população que possui nível universitário, sendo a defasagem mais baixa entre trabalhadores formais e mais alta entre aqueles que trabalham em pequenas empresas.<br /><br />As <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span>s salariais variam muito também entre os 18 países pesquisados. O Brasil apresenta um dos maiores níveis de disparidade <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">salarial</span>. No país, os homens ganham aproximadamente 30% a mais que as mulheres de mesma idade e nível de instrução, quase o dobro da média da região (17,2%), enquanto na Bolívia a <span class="highlightedSearchTerm" style="background-color: #feff82;">diferença</span> é muito pequena. O resultado é o mesmo no que diz respeito à disparidade por raça e etnia, que chega também a 30%.</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
<br />O documento traz ainda algumas recomendações para reduzir as disparidades salariais nos países latino-americanos. Por parte dos governos, a implementação de políticas no sentido de aumentar o nível educacional da população minoritária, além da implementação de um maior número de creches, o que permitiria às mulheres mais dedicação à sua vida profissional. Já no âmbito familiar, uma divisão de tarefas mais igualitária, com os pais divindo a criação dos/as filhos/as, o que daria às mulheres a possibilidade de manter suas carreiras.</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
<br /></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
<span class="link-external" style="background: none transparent; padding: 1px 0px;"><a href="http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=2208929" style="background-color: transparent; border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; color: purple; text-decoration: none;">Confira aqui a pesquisa na íntegra (em inglês).</a></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
<br /></div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
Fonte:http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/noticias/homens-recebem-salarios-30-maiores-que-as-mulheres-no-brasil?searchterm=diferen%C3%A7a+salarial</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 0.75em;">
<br /></div>
</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-12084238598757983282014-07-15T17:55:00.002-03:002014-07-16T09:49:08.172-03:007 casos em que a maconha tem ação benéfica<h2 class="resumo" style="font-family: arial; font-size: 18px; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 22px; outline: none; padding: 0px;">
No momento em que cresce no Brasil a tendência pela legalização do consumo da maconha, o médico Dráuzio Varella aponta 7 casos específicos em que o uso da erva tem ações benéficas</h2>
<div class="foto-conteudo-post centro completa" style="background-color: #eeeeee; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 16px; margin: auto; outline: none; padding: 0px; position: relative; width: 700px;">
<div class="borda-foto" style="margin: 0px; outline: none; padding: 5px;">
<img alt="dráuzio varella maconha" src="http://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2014/07/drauzio.jpg" style="border: 0px; display: block; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; width: 690px; z-index: 0;" /></div>
<div class="legenda-foto" style="color: #606060; font-size: 13px; line-height: 1.2; margin: 0px; outline: none; padding: 2px 7px 9px;">
Dráuzio Varella se rende aos efeitos da maconha (<a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/" style="color: #1a4895; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Pragmatismo Político</a>)</div>
</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
O médico cancerologista Dráuzio Varella destacou em artigo neste sábado, 12, o potencial do uso medicinal da maconha. No momento em que cresce no Brasil a discussão pela legalização do consumo da erva, o médico lembrou que já tem quase 30 anos que a medicina conhece o papel dos canabinoides no sistema nervoso central e o papel importante que eles desempenham na modulação da dor, no controle dos movimentos, na formação e arquivamento de memórias e até na resposta imunológica de pacientes.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Dráuzio destacou a aplicação da maconha já é feita em vários países para o tratamento de diversas doenças, como glaucoma, náuseas provocadas pelo câncer, anorexia e caquexia associada à Aids, dores crônicas, inflamações, esclerose múltipla e epilepsia.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
“Com tal espectro de ações em patologias tão diversas, só gente muito despreparada pode ignorar o interesse medicinal da maconha. Qual a justificativa para impedir que comprimidos de THC e de seus derivados cheguem aos que poderiam se beneficiar deles?”, questiona o médico.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Dráuzio Varella, entretanto, acredita que a liberação da maconha seria encarada pelos brasileiros como finalidade recreativa, e não medicinal. “Acho que a maconha deve ser legalizada, sim, mas por razões que discutiremos em nossa próxima coluna”, finaliza o médico.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Leia abaixo a íntegra o artigo de Dráuzio Varella, publicado no jornal <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Folha de S. Paulo</em>.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Efeitos benéficos da maconha</strong></div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Qual a justificativa para impedir que comprimidos de THC cheguem aos que poderiam se beneficiar?</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Não são poucos os benefícios potenciais da maconha. Na última coluna falamos sobre os efeitos adversos, apresentados numa revisão recém-publicada no “The New England Journal of Medicine”.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Explicamos que os estudos nessa área padecem de problemas metodológicos. Geralmente envolvem usuários que consomem quantidades maiores, por muitos anos, acondicionadas em baseados com concentrações variáveis de tetrahidrocanabinol (THC), o componente ativo.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Como consequência, ficam sem respostas claras as consequências indesejáveis no caso dos usuários ocasionais, a grande massa de consumidores.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Em compensação, o uso medicinal do THC e dos demais canabinoides dele derivados está fartamente documentado.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
A descoberta de que os canabinoides se ligavam aos receptores CB existentes na membrana celular dos neurônios aconteceu em 1988. Dois anos mais tarde, esses receptores foram clonados e mapeadas suas localizações no cérebro. Em 1992, foi identificada a anandamida, substância existente no sistema nervoso central, relacionada com os receptores, mas distinta deles.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
A partir de então, diversos trabalhos revelaram que os canabinoides naturais ou sintéticos desempenham papel importante na modulação da dor, controle dos movimentos, formação e arquivamento de memórias e até na resposta imunológica.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Pesquisas com animais de laboratório demonstraram que o cérebro desenvolve tolerância aos canabinoides e que eles podem causar dependência, embora esse potencial seja menor do que o da heroína, nicotina, cocaína, álcool e de benzodiazepínicos, como o diazepan.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Hoje sabemos que o uso de maconha tem ação benéfica nos seguintes casos:</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">1)</strong> Glaucoma: doença causada pelo aumento da pressão intraocular, pode ser combatida com os efeitos transitórios do THC na redução da pressão interna do olho. Existem, no entanto, medicamentos bem mais eficazes.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">2)</strong> Náuseas: o tratamento das náuseas provocadas pela quimioterapia do câncer foi uma das primeiras aplicações clínicas do THC. Hoje, a oncologia dispõe de antieméticos mais potentes.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">3)</strong> Anorexia e caquexia associada à Aids: a melhora do apetite e o ganho de peso em doentes com Aids avançada foram descritos há mais de 20 anos, antes mesmo de surgirem os antivirais modernos.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">4)</strong> Dores crônicas: a maconha é usada há séculos com essa finalidade. Os canabinoides exercem o efeito antiálgico ao agir em receptores existentes no cérebro e em outros tecidos. O dronabinol, comercializado em diversos países para uso oral, reduz a sensibilidade à dor, com menos efeitos colaterais do que o THC fumado.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">5)</strong> Inflamações: o THC e o canabidiol são dotados de efeito anti-inflamatório que os torna candidatos a tratar enfermidades como a artrite reumatoide e as doenças inflamatórias do trato gastrointestinal (retocolite ulcerativa, doença de Crohn, entre outras).</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">6)</strong> Esclerose múltipla: o THC combate as dores neuropáticas, a espasticidade e os distúrbios de sono causados pela doença. O Nabiximol, canabinoide comercializado com essa indicação na Inglaterra, Canadá e outros países com o nome de Sativex, não está disponível para os pacientes brasileiros.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">7)</strong> Epilepsia: estudo recente mostrou que 11% dos pacientes ficaram livres das crises convulsivas com o uso de maconha com teores altos de canabidiol; em 42% o número de crises diminuiu 80%; e em 32% dos casos a redução variou de 25 a 60%. Canabinoides sintéticos de uso oral estão liberados em países europeus.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Com tal espectro de ações em patologias tão diversas, só gente muito despreparada pode ignorar o interesse medicinal da maconha. Qual a justificativa para impedir que comprimidos de THC e de seus derivados cheguem aos que poderiam se beneficiar deles? Está certo jogar pessoas doentes nas mãos dos traficantes?</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
No entanto, o argumento de que o uso de maconha deve ser liberado em virtude dos efeitos benéficos que acabamos de enumerar, é insustentável: a imensa maioria dos usuários não o faz com finalidade terapêutica, mas recreativa.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Como diz o povo: uma coisa é uma coisa…</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-916982018086237322014-07-15T16:58:00.001-03:002014-07-15T16:58:23.040-03:00Carl Hart: "Um preço muito alto"<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/CADzRIlFHmc" width="480"></iframe></div>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-14516588605660680012014-07-15T16:55:00.000-03:002014-07-15T16:57:00.743-03:00Guerra às drogas: “por que não tentar o diferente depois de tanto fracasso?”<div style="color: #555555; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
<a href="http://www.outraspalavras.net/outroslivros/wp-content/uploads/2014/07/video-pod-st-high-price-articleLarge-v3.jpg" style="color: #809f14; outline: none !important; text-decoration: none;"><img alt="video-pod-st-high-price-articleLarge-v3" class="alignnone size-full wp-image-4542" src="http://www.outraspalavras.net/outroslivros/wp-content/uploads/2014/07/video-pod-st-high-price-articleLarge-v3.jpg" height="338" style="border: 0px; font-size: 0px; height: auto; max-width: 100%; outline: none; vertical-align: middle;" width="600" /></a></div>
<div style="color: #555555; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
<em>Para Carl Hart, “a guerra às drogas não fracassou; ela é um grande sucesso para que políticos evitem lidar com os problemas de justiça social”.</em></div>
<div style="color: #555555; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
<span style="color: #212121;">A política de proibição e de guerra às drogas provou-se um monumental fracasso no mundo inteiro. Se, por um lado, o consumo de drogas ilícitas não diminuiu, por outro, houve uma assustadora escalada da violência associada ao tráfico de entorpecentes, resultando no assassinato e no encarceramento em massa de milhares de cidadãos – em especial aqueles pertencentes a estratos sociais vulneráveis. Diante desse impasse, aumenta o coro das vozes progressistas que reforçam a necessidade da revisão das práticas truculentas de proibição às drogas, propondo uma abordagem mais humana para lidar com o problema.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
É nesse contexto de necessidade de proposição de novas políticas públicas que anfiteatro da Unifesp, em São Paulo, recebeu, na tarde de terça-feira (13), dois pesquisadores estrangeiros com larga experiência no assunto.</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
No Brasil por ocasião do lançamento de seu livro <i>Um Preço Muito Alto</i> (Editora Zahar), Carl Hart, neurocientista e professor da Universidade de Columbia, compartilhou sua história de vida com a plateia que lotou o anfiteatro da universidade.</div>
<div class="wp-caption alignright" id="attachment_4400" style="color: #555555; float: right; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; max-width: 100%; width: 255px;">
<a href="http://www.outraspalavras.net/outroslivros/loja/um-preco-muito-alto-a-jornada-de-um-neurocientista-que-desafia-nossa-visao-sobre-as-drogas/" style="color: #809f14; outline: none !important; text-decoration: none;" target="_blank"><img alt="UmPrecoMuitoAlto" class="wp-image-4400" src="http://www.outraspalavras.net/outroslivros/wp-content/uploads/2014/06/UmPrecoMuitoAlto-417x600.jpg" height="353" style="border: 0px; height: auto; max-width: 100%; outline: none; vertical-align: middle;" width="245" /></a><br />
<div class="wp-caption-text" style="margin-bottom: 23px; max-width: 100%;">
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<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
Negro e pobre, Hart cresceu na periferia de Miami e teve trajetória parecida com a de muitos jovens afro-americanos nos guetos: praticou pequenos furtos, usou e traficou drogas. Desprovido de condições econômicas para matricular-se em uma universidade, alistou-se no exército americano na década de 1980 e, em serviço militar na Inglaterra, teve o privilégio de receber uma educação crítica que lhe abriu os olhos para as desigualdades e a discriminação racial em seu país natal. Ao voltar para os Estados Unidos, dedicou-se à pesquisa científica em assuntos relacionados ao uso de drogas, tornando-se, por fim, doutor em neurociência. “Eu pude me tornar o cientista que sou graças a programas de assistência social que, infelizmente, foram dramaticamente reduzidos por sucessivos presidentes americanos desde Ronald Reagan, inclusive os democratas”, analisou Hart.</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
Aliando a experiência de ter crescido nos guetos norte-americanos – e, por essa razão, ter vivenciado o impacto deletério das políticas repressoras do consumo de entorpecentes – ao rigor das análises científicas, o Dr. Carl Hart têm chamado a atenção por suas opiniões e estudos que desconstroem conceitos cristalizados sobre o vício em drogas. “É corrente a ideia de que basta uma dose de crack ou de cocaína para que, magicamente, a pessoa passe a ser viciada. O vício, por definição, exige o uso intenso e prolongado. Quem afirmar o contrário, está espalhando uma mentira científica”, provocou Hart.</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
O neurocientista compartilhou os resultados de testes realizados com viciados em crack, nos quais lhes era oferecido uma dose da droga ou uma determinada quantia em dinheiro. “Quanto maior o valor, mais os viciados optavam por ele. Isso indica que, se devidamente motivados, eles tomam decisões racionais como qualquer outra pessoa”, comentou. “As pessoas não usam drogas por serem loucas. As pessoas usam drogas porque elas são efetivas. Se a pessoa se vicia em crack, é porque ele tem o efeito desejado para aplacar momentaneamente os efeitos da angústia e do desamparo social.”</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
Em seguida, o Dr. Carl Hart ironizou o fracasso da política de repressão às drogas. “A chamada ‘guerra às drogas’ não fracassou. Ela é um grande sucesso para as autoridades empenhadas nessa missão e que ganham dinheiro às custas disso. Ela é um grande sucesso para que políticos evitem lidar com os problemas de justiça social – eles podem desumanizar todos os problemas, colocando a culpa nas drogas e deslocando a raiz da ruína social. Assim, eles não precisam tratar de temas como a falta de educação, o desemprego e a falta de assistência social.</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px;">
<div class="texto_detalhe" style="margin-bottom: 23px;">
Sobre o impacto social da criminalização da questão das drogas nos Estados Unidos, sobretudo na população negra, Hart foi enfático. “Gastam-se mais de 26 bilhões de dólares por ano no combate às drogas. Um investimento dessa envergadura exige retornos práticos e diretos. O resultado é que a principal motivo de encarceramento no país é a violação da política de proibição de narcóticos, atingindo de maneira brutalmente desproporcional a população negra, que constitui 12% da população americana, mas 75% dos condenados por transgressão da legislação antidrogas. Os negros acabam virando um bode expiatório”. Segundo o neurocientista, o Brasil repete o modelo que se provou desastroso nos Estados Unidos, ao promover a militarização das favelas e endurecer a repressão.</div>
<div class="texto_detalhe" style="margin-bottom: 23px;">
Outra convidada internacional presente ao debate realizado na Unifesp, a uruguaia Raquel Peyruabe, médica especializada no uso problemático de drogas e Assessora da Secretaria Nacional de Drogas do Uruguai, comentou as razões que levaram o país a aprovar um projeto de regulamentação da maconha, a ser implantado ainda este ano.</div>
<div class="texto_detalhe" style="margin-bottom: 23px;">
“A decisão de promover políticas públicas inovadoras, que vão na contramão das práticas de proibição, veio da constatação da ineficácia do modelo anterior. O Uruguai vinha presenciando um aumento dos índices de violência associados ao tráfico de drogas que, embora possam parecer pequenos se comparados aos de países vizinhos, eram insuportáveis para os padrões locais”, analisou.</div>
<div class="texto_detalhe" style="margin-bottom: 23px;">
Peryuabe ressaltou que a aprovação do modelo de regulamentação da maconha foi fruto de longo e frutífero processo de discussão política, do qual fez parte setores da sociedade civil. “A regulamentação da venda da maconha é apenas uma parte da nova legislação do Uruguai em relação às drogas. Faz parte de um projeto mais abrangente, que envolve medidas socioeducativas e de saúde para lidar com a questão”.</div>
<div class="texto_detalhe" style="margin-bottom: 23px;">
Depois de aprovado pela câmara, o projeto foi fortemente contestado pela oposição, pela mídia e por setores majoritários da população. Para combater a euforia negativa, o governo investiu pesadamente em um plano de mídia, informando com clareza à população as intenções da nova política e desconstruindo, ponto a ponto, com dados objetivos, os principais argumentos de oposição à regulamentação da maconha. A medida surtiu efeito e as pesquisas de opinião indicam que as taxas de desaprovação vêm caindo. “Mesmo quem ainda é contra as medidas, já sabe reconhecer seus potenciais benefícios. O importante é dialogar de maneira objetiva com a população. Mesmo que o cidadão seja ignorante sobre as questões relativas à legalização, ele compreende dilemas práticos como: ‘a partir do princípio de que os usuários vão comprar a maconha de qualquer maneira, onde vocês preferem que eles comprem: com traficantes portando revólveres ou em uma farmácia, com toda segurança?’”, disse Peryube.</div>
</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
Raquel considera que é do interesse de todos torcer pelo o sucesso da nova política uruguaia, que pode desencadear uma tendência em todo o continente. “Faço sempre a pergunta: por que não tentar o diferente depois de tanto fracasso? Se não estamos satisfeitos com a realidade, por que não tentar o novo, o diferente? Tudo aquilo que a população teme que ocorra com a regulação já está, de fato, acontecendo. O mercado já foi regulamentado, mas pelo crime organizado. Temos de mudar o lado da regulação. Se as substâncias psicoativas são perigosas, é o Estado que deve regular, não o crime”, concluiu a uruguaia.</div>
<div class="texto_detalhe" style="color: #212121; font-family: Calibri, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 23px;">
*Fonte: http://www.outraspalavras.net/outroslivros/guerra-as-drogas-por-que-nao-tentar-o-diferente-depois-de-tanto-fracasso/</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-21570896121166859532014-06-26T16:11:00.001-03:002014-06-26T16:12:55.347-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-L34-0gPrmIM/U6xvyunkTgI/AAAAAAAAIuA/P_LP4wRasdg/s1600/fg.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-L34-0gPrmIM/U6xvyunkTgI/AAAAAAAAIuA/P_LP4wRasdg/s1600/fg.png" height="233" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
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<div style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-element: para-border-div; padding: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">“A reforma do
sistema político, necessária para avançar na conquista da </span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">democracia, da
soberania e das necessidades de todos os setores oprimidos, mais</span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">do que nunca
está na ordem do dia.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; line-height: 115%;">Junte-se ao
Plebiscito e entre nessa luta</span><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; line-height: 115%;">!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">COMITÊ MUNICIPAL – CARAPICUÍBA – Reúne-se todas
as quintas-feira, às 20h, na </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">Igreja Matriz N.S. Aparecida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"> </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">
COMITÊ REGIONAL – OSASCO E REGIÃO – Reúne-se todo último domingo de cada
mês </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 1.0pt 4.0pt 1.0pt 4.0pt; padding: 0cm;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">no Centro de Pastoral da Diocese de Osasco – Matriz Santo Antonio – Das 8h
às 12h<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">SOMOS UM GRUPO
SEM VÍNCULO COM PARTIDO POLÍTICO, RELIGIÃO... TODOS SÃO BEM </span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">VINDOS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; padding: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: 'Agency FB', sans-serif; font-size: x-large; line-height: 115%;">PARTICIPE DA
CONSTRUÇÃO DO PLEBISCITO EM NOSSA CIDADE</span><span style="font-family: "Agency FB","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-90815310396968988442014-06-26T12:37:00.001-03:002014-06-26T12:37:45.950-03:00À espera da geração de mulheres que não se importam com o que os homens querem<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 15.199999809265137px; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Texto de Michele Escoura.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A leitura do <a href="http://blogs.estadao.com.br/ruth-manus/a-incrivel-geracao-de-mulheres-que-foi-criada-para-ser-tudo-o-que-um-homem-nao-quer/" style="border: 0px; color: #1982d1; font-family: inherit; font-size: 15.199999809265137px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">texto de Ruth Manus em seu blog do jornal O Estado de São Paulo na última quarta-feira (18/06)</a> expôs as angústias de uma mulher em meio às transformações nos padrões de feminilidade das últimas gerações. A colunista em certa altura do texto relata como sua educação familiar priorizou suas conquistas nos campos públicos da sociedade, como educação e mercado de trabalho, em contrapartida aos papéis tradicionalmente vistos como femininos. Conta dos olhos de sua mãe que brilhavam mais com suas “notas 10” do que as receitas de bolos acertadas. E do orgulho dos pais com o curso na Sorbonne enquanto deixavam de lado o curso de corte e costura, a arte de preparar um arroz ou de rechear um lagarto. Ruth aprendeu a dirigir, aprendeu inglês, a gostar de esportes, construir um bom currículo e ganhar seu próprio dinheiro, assim como os meninos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Pertencente a esta nova geração de mulheres “criadas para ganhar o mundo”, a colunista destaca o desafio: estaríamos criando um mundo de mulheres que chegam à vida adulta seguras de si, porém sozinhas. Segundo ela, os novos voos alçados pelas mulheres nos estariam deixando alheias àquilo que os homens, em contrapartida, teriam aprendido sobre o que é a mulher ideal para desejarem. Neste imbróglio de transformações sobre a feminilidade, Ruth se vê parte de uma “incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer”. Afinal, em seus próprios termos, “quem foi educado para nos querer?”.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O grande mérito de seu texto é evidenciar que, afinal, décadas de intenso debate feminista não foram em vão. Enfim as mulheres estão conquistando novos e inesperados espaços. E é justo que mudanças nos tragam dúvidas e incertezas. Mas o angustiado relato de Ruth, entretanto, poderia colocar uma outra questão: por que, mesmo com todo o frescor de liberdade que nos está sendo ensinado pelas últimas gerações, ainda nos ensinam que devemos tanto nos preocupar em estar acompanhadas? Por que ser desejada por algum homem é tão necessário, ou, ainda, por que casar é ainda tão importante para as mulheres?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Durante alguns anos realizei pesquisas com crianças pequenas sobre os contornos de feminidade e certa vez ouvi de uma garota de cinco anos que ser Princesa, para ela, “era ter um príncipe, porque se não casar não é princesa, é solteira”, ao mesmo tempo em que me contava que sua mãe sempre dizia que “tem que casar, porque não tem como ser feliz sozinha”. Parece que Ruth também aprendeu isso.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Nas últimas décadas tomamos as ruas com nossos carros, tomamos os cargos de chefias e tomamos nossas cervejas em mesas sujas de botecos, para o horror de muitas bisavós. Mas quando nós, mulheres, vamos tomar a coragem para mudar também o que entendemos por “felicidade”? Quando deixaremos de ensinar às nossas meninas que elas só serão felizes e completas quando encontrarem o homem de suas vidas? Sim, Ruth, quando deixaremos de nos preocupar em sermos as mulheres que os homens querem? Conquistamos os bancos escolares, o mercado de trabalho e os assentos de aviões para rodarmos o mundo. Mas quando conquistaremos a independência de nossos corpos e desejos? Quando conquistaremos a liberdade de sermos o que quisermos independente da expectativa dos outros sobre nós mesmas?</div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_18939" style="background: rgb(238, 238, 238); border: 0px; clear: both; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin: 0.4em auto 2em; max-width: 96%; outline: 0px; padding: 9px; vertical-align: baseline; width: 610px;">
<a href="https://www.flickr.com/photos/spyrospapaspyropoulos/8651674869" style="border: 0px; color: #1982d1; font-family: inherit; font-size: 15.199999809265137px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="Foto de Spyros Papaspyropoulos no Flickr em CC, alguns direitos reservados." class="size-full wp-image-18939" height="265" scale="1.5" src-orig="http://i2.wp.com/blogueirasfeministas.com/wp-content/uploads/2014/06/mulher_parque.jpg?resize=600%2C398" src="http://i2.wp.com/blogueirasfeministas.com/wp-content/uploads/2014/06/mulher_parque.jpg?zoom=1.5&resize=600%2C398" style="border: 1px solid rgb(238, 238, 238); display: block; height: auto; margin: 0px auto; max-width: 98%; padding: 0px;" width="400" /></a><div class="wp-caption-text" style="border: 0px; color: #666666; font-family: Georgia, serif; font-size: 12px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 0.2em; outline: 0px; padding: 10px 0px 0px 40px; position: relative; vertical-align: baseline;">
Foto de <a href="https://www.flickr.com/photos/spyrospapaspyropoulos/8651674869" style="border: 0px; color: #1982d1; font-family: inherit; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" target="_blank">Spyros Papaspyropoulos no Flickr em CC</a>, alguns direitos reservados.</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Não vamos aqui duvidar do valor das relações e da importância de termos parcerias em nossas vidas. Mas questionemos, Ruth, essa obrigação de sermos sempre a princesa de alguém. Nós podemos alçar sonhos muito maiores do que aqueles que nos foram ensinados e, Ruth, não aceite essa conexão entre as ideias de “estar solteira” e culpa. Deixaram de nos ensinar a diferença entre alvejante e água sanitária, mas continuam nos ensinando que não ter um homem para dormir sobre o peito é, necessariamente, estar em falta.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Cara Ruth, compadeço com suas palavras e me reconheço na máxima de que “não vamos andar para trás”. Mas nosso primeiro próximo passo, talvez, seja reconhecer que liberdade para as mulheres é muito mais que pagar nossas contas. Liberdade é, inclusive, emancipar-se daquela velha e já batida ideia de que uma mulher só se completa com o amor verdadeiro e de que o sonho de todas nós deve ser um dia se vestir de noiva. Deixa disso, Ruth. Sejamos mais do que a sociedade espera da gente e comecemos retirando o “ser tudo o que um homem NÃO quer” do título de seu texto e de nossas preocupações.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 15.199999809265137px; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Autora</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 15.199999809265137px; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Michele Escoura é antropóloga, pesquisadora do NUMAS – Núcleo de estudos sobre os marcadores sociais da diferença da USP e assessora da ONG Ação Educativa, onde realiza trabalhos sobre gênero e educação.</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; margin-bottom: 2em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<i style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15.199999809265137px; line-height: 24.299999237060547px;">Fonte: </i><span style="background-color: transparent; font-size: 15px; line-height: 24.299999237060547px;"><span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>http://blogueirasfeministas.com/2014/06/a-espera-da-geracao-de-mulheres-que-nao-se-importam-com-o-que-os-homens-querem/</i></span></span></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-70243712243327516232014-06-18T13:05:00.002-03:002014-06-18T13:05:39.961-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-fj_eWe_0xXg/U6G4u9KjFpI/AAAAAAAAIXo/VITTCeNNa_k/s1600/26fdc8bcfe874d68b945cfc55e1c7548_XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-fj_eWe_0xXg/U6G4u9KjFpI/AAAAAAAAIXo/VITTCeNNa_k/s1600/26fdc8bcfe874d68b945cfc55e1c7548_XL.jpg" height="391" width="400" /></a></div>
<br />Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-69049864052237754662014-06-06T16:03:00.000-03:002014-06-06T16:03:28.469-03:00As consequências da legalização da maconha no Uruguai<h2 class="resumo" style="font-family: arial; font-size: 18px; line-height: 1.1em; margin: 0px 0px 22px; outline: none; padding: 0px;">
Uruguai: após regulação da maconha, mortes ligadas ao tráfico da erva chegam a zero</h2>
<div class="foto-conteudo-post centro completa" style="background-color: #eeeeee; border-bottom-left-radius: 4px; border-bottom-right-radius: 4px; border-top-left-radius: 4px; border-top-right-radius: 4px; font-family: arial; font-size: 20px; line-height: 18.18181800842285px; margin: auto; outline: none; padding: 0px; position: relative; width: 600px;">
<div class="borda-foto" style="margin: 0px; outline: none; padding: 5px;">
<img alt="maconha uruguai legalização" src="http://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2014/06/maconha-uruguai.jpg" style="border: 0px; display: block; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; width: 590px; z-index: 0;" /></div>
</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Nesta semana, durante debates na Comissão de Direitos Humanos e Legislação <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Participativa</u></a> (CDH) do Senado a respeito de regulamentação da maconha para uso recreativo, medicinal e industrial, o secretário nacional de drogas do Uruguai, Julio Heriberto Calzada, afirmou que seu país – o único no mundo a legalizar o cultivo, a comercialização e distribuição da maconha – conseguiu reduzir a zero o número de mortes ligadas ao uso e ao comércio da droga. A legalização foi decretada pelo presidente José Mujica há menos de um mês.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Ainda que reconhecendo que a legalização da maconha possa elevar o número de usuários, Calzada alega que “vale a pena correr o risco do aumento, desde que reduza o aumento de mortes pelo tráfico de drogas”, como relatou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), coordenador da discussão sobre o tema na CDH. O senador ainda diz que, antes de apresentar seu relatório aos integrantes da comissão, ele pretende realizar audiências com <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">especialistas</u></a> de diversos setores. Para o senador, a responsabilidade de o relatório estar em suas mãos é um “abacaxi”: “Gastei muitos anos de vida para ser o senador da educação. Não quero o <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">carimbo</u></a> de ‘senador que liberou a maconha’. Se tiver de colaborar para isso, salienta, será por “uma obrigação histórica”, da qual não possa correr, como explicou em entrevista concedida à <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Agência Senado</em>.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Mesmo assim, o senador ressaltou que uma das maneiras de se livrar do tráfico de drogas é a regulamentação: “Vamos continuar vivendo com tráfico de drogas? Não. Como vamos nos livrar do tráfico? Uma das propostas que têm hoje é a regulamentação”. Além disso, o representante uruguaio também disse acreditar que a “combinação com outras ferramentas de política pública, em aspectos culturais e sociais, poderá <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">modificar</u></a> padrões de consumo e levar ao êxito na redução de usuários”.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Na audiência pública de ontem, a maioria das vozes era contrária à aplicação da experiência uruguaia no Brasil. Luiz Bassuma, ex-deputado federal, apontou que a atual população do Uruguai, em sua totalidade, provavelmente corresponde ao mesmo número de usuários de drogas no Brasil, cerca de três milhões. Bassuma argumentou que a facilitação do <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">consumo</u></a> de drogas refletiria diretamente em crianças e adolescentes e disse que regulamentar seu uso – mesmo em nome do fim da guerra contra o narcotráfico que clama a vida de milhares de <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">pessoas</u></a> todos os anos – seria incorreto.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
Segundo a presidenta da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES), a sugestão apresentada por meio de iniciativa popular foi apoiada por cerca de 20 mil pessoas em nove dias. Se tiver apoio dos parlamentares, a proposta pode ser convertida em projeto de lei. Nessa terça-feira (3), Calzada<a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #1a4895; display: inline; letter-spacing: -0.04em; margin: 0px; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">participou</u></a> do seminário “Drogas: A experiência do Uruguai, um caminho fora da guerra”, em Porto Alegre.</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
*Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/06/legalizacao-da-maconha-zerou-mortes-ligadas-erva-uruguai.html</div>
<div style="font-family: arial; font-size: 16px; line-height: 1.35em; outline: none; padding: 0px 0px 22px;">
<br /></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-17369411733409042542014-06-06T16:01:00.001-03:002014-06-06T16:01:17.442-03:00The Flower<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/hMM_T_PJ0Rs" width="480"></iframe></div>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-68998630059527131922014-06-04T16:43:00.001-03:002014-06-04T16:43:01.250-03:00The Reverend Peyton's Big Damn Band - "Devils Look Like Angels"<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/sRWMwpPlm28" width="480"></iframe></div>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-13914509912804625042014-06-04T11:45:00.004-03:002014-06-04T11:45:45.511-03:00Especialista dá dicas de como preparar um bom café em casa<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Já na <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">virada</u></a> dos séculos 18 e 19 uma questão incomodava o pensador de gastronomia francês Brillat-Savarin: qual <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">seria</u></a> a melhor maneira de fazer café?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Em seu livro "A Fisiologia do Gosto" (Companhia das Letras), conta que tentou muitas fórmulas até encontrar sua predileta, entre elas preparar o café sem queimá-lo, tomá-lo frio e fazê-lo ferver por três<a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">quartos</u></a> de hora.</div>
<table class="articleGraphic" style="background-color: white; border-collapse: collapse; border-spacing: 0px; clear: both; color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 15px; margin: 0px; width: 620px;"><tbody>
<tr><td class="articleGraphicSpace" rowspan="3" style="padding: 0px; vertical-align: top; width: 0px;"></td><td class="articleGraphicCredit" style="font-size: 10px; line-height: 12px; text-align: right; vertical-align: top;">Karime Xavier/Folhapress</td><td class="articleGraphicSpace" rowspan="3" style="padding: 0px; vertical-align: top; width: 0px;"></td></tr>
<tr><td class="articleGraphicImage" style="border-bottom-width: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: top;"><img alt="café, um ritual" border="0" src="http://f.i.uol.com.br/folha/comida/images/14153700.jpeg" style="border: 0px; max-width: 620px; vertical-align: middle;" /></td></tr>
<tr><td class="articleGraphicCaption" style="border-bottom-color: rgb(232, 232, 232); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0666667) 0px 0px 0px inset, rgba(0, 0, 0, 0.0470588) 0px 2px; padding: 6px 5px; vertical-align: top;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Muita água rolou desde então. Hoje, existem técnicas precisas para selecionar, moer e torrar grãos. E quem gosta de uma boa xí<a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">cara</u></a> tem à disposição não só cafés de qualidade, mas apetrechos de nomes ousados como chemex, clever e hario V60.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
São métodos que <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">oferecem</u></a> possibilidades distintas, como extração mais ou menos rápida e filtros de diferentes materiais e design.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
E, diante da oferta, vale retomar a <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">quest</u></a>ão de Brillat-Savarin: qual deles é o melhor?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Na verdade, nenhum. Depende de sua preferência por aromas, sabor e corpo.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Essa é a complexidade do café: ele pode mudar com o método, a moagem, a quantidade utilizada. Você precisa conhecer o perfil da bebida de que gosta e testar sua receita, explica Leo Moço, barista campeão brasileiro.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Para ajudar nessa descoberta, o "Comida" ensina a usar seis métodos seguindo dicas de Moço, da barista Carolina Franco, da Lucca Cafés, em Curitiba, e do consultor Ensei Neto. A cafeteira com coador de pano acabou ficando de fora porque o tecido pode acumular resíduos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
De resto, aprecie também dicas essenciais para trazer um bom resultado à (qualquer) xícara. E, se pintar alguma dúvida, dê uma olhada em nosso glossário <a href="http://www1.folha.uol.com.br/comida/2014/06/1464599-conheca-o-passo-a-passo-de-diferentes-metodos-caseiros-de-fazer-cafe.shtml" style="color: #00adef; cursor: pointer; text-decoration: none;">clicando aqui</a>. Bom cafezinho.</div>
<div class="star" style="background: url(http://f.i.uol.com.br/star.gif) 50% 50% no-repeat rgb(255, 255, 255); font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; height: 30px; line-height: 22px; overflow: hidden; text-align: center; text-indent: -9999px;">
*</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>DICAS PARA <a class="ktg6us78hf8vdu7" href="https://draft.blogger.com/null" style="background-color: #fff7c1; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 1px solid rgb(247, 226, 94); color: #00adef; cursor: pointer; display: inline; padding: 2px;"><u style="border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px;">FAZER</u></a> EM CASA</b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Siga as orientações da barista Carolina Franco de Souza, da Lucca Cafés Especiais, de Curitiba</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>1</b> Escolha um grão de boa qualidade, indicado como "café especial" na embalagem. Não confunda com denominações como "gourmet" ou "superior". Na dúvida, prefira marcas com o selo da Associação Brasileira de Cafés Especias (BSCA)</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>2</b> Prefira o grão Arábica que, se bem cultivado, tem grandes chances de produzir um bom café</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>3</b> Utilize o pó em três semanas no máximo. No período, evite geladeira, umidade, luz e cheiros fortes. O ideal é mantê-lo em seu próprio saquinho, fechado dentro de um recipiente com tampa, no armário</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>4</b> Use água filtrada ou mineral para evitar a presença de cloro, que destrói os óleos essenciais do café</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>5</b> Ferva a água. Depois disso, desligue o fogo e deixe descansar por um minuto. O processo garante que a temperatura não esteja em 100°C na hora de passar o café, o que extrairia mais sabores amargos</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>6</b> Use de 5 a 6 colheres de sopa de café moído para cada litro de água</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>7</b> Moa os grãos logo antes do preparo e, assim, preserve os aromas e previna a oxidação, que pode dar gosto rançoso à bebida</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>8</b> Evite o filtro de pano. Reutilizável, ele pode manter resíduos de gordura. Além disso, os tamanhos dos buracos, muito diferentes, não oferecem uma extração regular</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>9</b> Depois de colocar o filtro, escalde o papel para evitar que o aroma de celulose interfira no gosto. Descarte essa água</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>10</b> Coloque um pouco de água para hidratar o café e, só depois, despeje o restante. A pré-infusão elimina as bolhas de ar, aumentando a interação entre o pó e a água no restante do processo</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>11</b> Escalde a xícara para conservar o calor da bebida por mais tempo</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>12</b> Consuma o café em, no máximo, uma hora para evitar a oxidação. Ainda assim, apenas se a bebida for conservada em garrafa térmica de boa qualidade</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<b>13</b> Tente ingerir a bebida sem açúcar. O café de boa qualidade já tem uma doçura natural.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, serif; font-size: 18.18181800842285px; line-height: 22px;">
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/comida/2014/06/1464600-especialista-da-dicas-de-como-preparar-um-bom-cafe-em-casa.shtml</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-85385397213605472442014-06-03T11:49:00.001-03:002014-06-03T11:49:25.162-03:00Clipe Felicidade - Marcelo Jeneci<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/s2IAZHAsoLI" width="480"></iframe></div>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-2517786417347063702014-06-03T11:40:00.000-03:002014-06-03T11:40:52.370-03:00Precisamos nos drogar para não sucumbir?<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
São infinitas as formas com que o ser humano conseguiu, através de uma paixão, resistir à dureza, à violência e à monotonia da existência.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Há um aspecto das drogas do qual pouco se fala, porque o ser humano ou se droga de algum modo ou enlouquece. A falácia radica em que hoje chamamos de droga tudo que pode ser uma âncora para poder sobreviver sem perder o gosto pela existência.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Chamamos de droga tudo que nos oferece prazer, do sexo à comida e não só os estupefacientes químicos. Na verdade, mais que de drogas, trata-se de “paixões”, como se apelidavam antes que o comércio milionário e violento das drogas químicas se apropriasse da palavra.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Desde os tempos mais antigos, o ser humano se drogou em busca de uma alteração da consciência que lhe produzisse prazer e alegria e lhe permitisse esquecer as agruras da vida. Fez isso até ritual e religiosamente, usando as plantas e tudo que alterava os sentidos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Os psicólogos alertam que o ser humano – assim como provavelmente muitos dos animais – enlouqueceria se não tivesse paixão por algo. Podem ser grandes ou pequenas paixões, mas necessitamos de algo que nos excite, ofereça-nos ilusão a cada dia que amanhece e a cada noite em que nos rendemos ao sono.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
São infinitas as formas com que o ser humano, através de uma paixão que lhe ofereça algum tipo de satisfação, conseguiu resistir à dureza da existência, a sua monotonia ou a sua violência.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Busca-se essa paixão ou essa droga por todos os meandros de nossa vida. Pode ser o poder como afrodisíaco, o sexo, o amor, a leitura, a arte ou a paixão pela natureza. E até a religião.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Pode ser que haja paixões que consideramos mais nobres que outras, mas no final são todas elas um medicamento mais ou menos ilustre que nos impede de enlouquecer.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Há quem se refugie na fruição das drogas químicas, ou do álcool. Uma grande paixão de amor é também uma grande droga até o ponto em que se diz, sobre as pessoas que a vivem, que parecem enlouquecidas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Atribui-se uma periculosidade especial às drogas, às quais se diferencia das paixões, porque elas podem levar à morte e alterar nossa capacidade cerebral. Entretanto, igualmente perigosa e letal pode ser uma grande paixão de amor ou sexual.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Quantos se suicidaram no mundo por amor, ao não ser correspondidos ou não conseguir superar essa paixão? Ou mataram arrastados por ela? O jogo e o poder são outras paixões que podem levar ao suicídio. Mas o que produziria mais morte no mundo seria a falta de paixões. Sem elas, o ser humano ou enlouqueceria ou se embruteceria.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Pode ser uma droga também a paixão pelo exercício físico ou até pela religião, qualificada por Marx de “ópio do povo”, mas o certo é que o fato religioso pode chegar a ser uma das drogas mais fortes capazes de alterar as consciências. Basta recordar os grandes místicos, seus êxtases e suas paixões por imitar o Crucificado.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Já houve místicas que passaram até meses sem comer, alimentando-se da Eucaristia, e até sem dormir E os santos com chagas, como Francisco de Assis ou, em nosso tempo, o Padre Pio? Hoje a ciência sabe que essas chagas são produzidas por esses místicos com a força de sua paixão pela identificação com Cristo. Existe maior droga? E os mártires? Alguns médicos agnósticos me confessaram que morrem menos desesperados aqueles que têm nesse momento a âncora de alguma fé religiosa.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
O ser humano, apesar de toda sua arrogância externa, nasce frágil e carrega essa fragilidade física e psíquica por toda a vida. Ninguém nasce destinado à felicidade, que é paradoxalmente uma conquista dolorosa. Nenhum bebê nasce rindo, nasce chorando talvez de medo e de estupor.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
A vida por si mesma nem sempre basta para uma realização total das ânsias de felicidade e de conquista do <em>Homo sapiens</em>. O homem, para melhor realizar-se e melhor lutar contra suas frustrações, necessitará de alguma paixão se não quiser sucumbir ou render-se à mediocridade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Poucas drogas são mais fortes na vida, por exemplo, que uma amizade verdadeira, sincera, forte, inquebrável. É o melhor antídoto contra a solidão.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Existem as drogas consideradas positivas e as negativas, como existem os verdadeiros e falsos amores. Entre as negativas, poucas são tão fortes e tão letais, em nossa existência, como a solidão forçada, a falta de amor ou o abandono dos que amávamos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Até no ser humano que se sente realizado segue viva em seu interior, como uma ameaça latente, essa fragilidade com que todos nascemos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Entre os satisfeitos ou falsamente satisfeitos com sua fatia de poder e autossatisfação, pulsa, filho dessa fragilidade congênita, o medo de perder seu paraíso</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Sem algo que o sacuda da rotina e da mediocridade, o ser humano, do mais culto ao mais analfabeto, cairia na infelicidade. Às vezes, entretanto, uma pequena paixão ou alegria, como o perfume do café ao despertar; o sorriso de um filho ou um neto, a ajuda generosa e desprendida a alguém que chega até você em busca de ajuda e de consolo, pode constituir a melhor e mais poderosa droga para poder continuar apreciando a vida.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Podemos até alterar nossa consciência, por exemplo, com a fruição de uma música, com a contemplação de uma pintura que nos empolga e até com o esplendor de um arco-íris, como o que esta manhã, depois de uma chuva outonal, surgiu como um deus, sobre o Atlântico que tenho diante de meus olhos ao escrever.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Pode alguém drogar-se com a beleza ou com uma leitura o apaixone? A melhor droga seria na verdade a vida em si, mas às vezes, para tantos, é tão cruel, que precisam temperá-la e adoçá-la com alguma paixão. Quando até isso falta, a noite se torna duplamente escura.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Por que estão aumentando no mundo a depressão e o estresse?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Possivelmente por falta dessas pequenas ou grande paixões que são o melhor remédio para desfrutar a vida e fugir de sua crueldade e frustração.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Sem alguma paixão que nos sacuda de dentro, até um amanhecer acabará ferindo nossos olhos acostumados à escuridão das noites vazias e até o silêncio nos fará um ruído insuportável.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Embalados, em vez disso, por alguma paixão, tudo recupera o frescor e a beleza do primeiro dia da criação.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
*Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/06/01/opinion/1401657357_559577.html</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-2454036759129856152014-05-19T10:44:00.001-03:002014-05-19T10:44:17.620-03:00DeVotchKa - The Enemy Guns<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/CxhbuNM0Vto" width="480"></iframe>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-63473219879603668342014-05-19T10:43:00.001-03:002014-05-19T10:43:41.310-03:00DeVotchKa - Dearly Departed<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/cEZooB8UnoU" width="480"></iframe>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-86327520693524819832014-05-19T10:35:00.002-03:002014-05-19T10:35:57.918-03:00Exemplos de irresponsabilidade<br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><em style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">(*) Artigo publicado da edição de maio de 2014 da Revista do Brasil </em><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;"> </span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">Os limites da responsabilidade estão sendo testados pela televisão brasileira. Sob a falsa ideia da existência de uma liberdade absoluta, a TV permite aos que a ela tem acesso dizer qualquer coisa, sem medir as conseqüências causadas pelas palavras.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">Vale para toda a programação, incluindo a publicidade e o jornalismo. Casos, por exemplo, da propaganda dirigida à crianças e adolescentes e da incitação ao crime perpetrada por uma apresentadora do SBT. Quando a sociedade tenta colocar limites a esses abusos surgem reações calcadas nos argumentos frágeis da autorregulamentação ou do direito à liberdade de expressão.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">Recente resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) voltou a enfurecer anunciantes e publicitários. O órgão, vinculado a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, proibiu a publicidade dirigida ao público infantil, fazendo cumprir determinações constitucionais e aquelas contidas no Código de Defesa do Consumidor e no Estatuto da Criança e do Adolescente.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">A resposta dos publicitários veio através de manifesto atribuindo apenas ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) o direito de “evitar os abusos da comunicação comercial”. Como se um órgão formado por anunciantes e publicitários pudesse, de forma equilibrada e eqüidistante, regular a relação da própria atividade com o conjunto maior da sociedade.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">Ainda mais quando se sabe do desprezo que o Conar tem pelas demandas do cidadão. Recentemente veiculou na TV dois vídeos mostrando situações fictícias de reclamações, numa tentativa grotesca de ressaltar a inconsistência desse tipo de atitude e de ridicularizar quem critica a propaganda mostrada na TV.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">É preciso lembrar também que o Conar só atua depois do anúncio ir ao ar, ou seja depois do estrago feito. Em vários casos, sua atuação não busca proteger o cidadão e sim dirimir divergências entre anunciantes que reclamam de plágios ou da deslealdade de um concorrente.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">A proibição determinada pelo Conanda representa um avanço no patamar civilizatório alcançado pelo Brasil. Coloca o país num nível semelhante aos dos países escandinavos que proíbem totalmente a propaganda dirigida ao público infantil ou de nações como Inglaterra e Alemanha onde há uma rígida regulamentação do setor.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">Se no caso da publicidade não há sentido se falar em censura, uma vez que o anúncio faz parte da mercadoria (assim como o rótulo de qualquer produto), nada tendo a ver com o debate em torno da liberdade de expressão, no jornalismo a questão é mais delicada. Mas nem por isso os abusos podem ser relevados. Como no caso da apresentadora do SBT.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">É inconcebível que uma concessão pública, outorgada pelo Estado em nome da sociedade, seja usada contra a sociedade e o Estado. Foi o que ela fez ao dizer que “o contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite. E, aos defensores dos Direitos Humanos, que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido”.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">A responsabilidade por esse ataque às instituições não é apenas da apresentadora. É da empresa que a contratou e também dos governos, sempre lenientes diante da mídia, temerosos do poder que ela detém.</span><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><br style="background-color: white; color: #212121; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8pt; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">A concessão de um canal de TV objetiva a prestação, por particulares, de um serviço público de informação, entretenimento e educação. Não cabe aos concessionários, ou aos seus propostos, emitir qualquer tipo de opinião. Editorial cabe em jornal impresso, uma atividade privada, e não numa TV locatária de um espaço público privilegiado. O dever das emissoras é o de veicular opiniões divergentes, manifestadas por agentes políticos e sociais, dando ao telespectador a possibilidade de formar a sua própria opinião. Donos das emissoras e apresentadores não receberam da sociedade nenhum mandato para opinarem sobre o que quer que seja e devem ser democraticamente impedidos de agir assim.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #212121; font-family: Verdana; font-size: 15px; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="background-color: white; color: #212121; letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">*Fonte: </span><span style="color: #212121;"><span style="letter-spacing: -0.29333335161209106px; line-height: 21.266666412353516px;">http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/Exemplos-de-irresponsabilidade/30927</span></span></span>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-66775127813903677072014-05-18T22:03:00.001-03:002014-05-18T22:03:24.060-03:00DeVotchKa - How It Ends Official Video<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/Pfi1UQ_PKQI" width="480"></iframe>Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-24331731933806417182014-05-14T17:45:00.001-03:002014-05-14T17:45:56.682-03:00Possuir ou Partilhar?<small style="background-color: white; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; padding: 0px;"><i style="margin: 0px; padding: 0px;">por Martin Denoun e Geoffroy Valadon*</i></small><br />
<div class="post-content" style="background-color: white; color: #414042; font-family: tahoma, arial; line-height: 22.799999237060547px; margin: 10px 0px 0px; padding: 0px 20px 0px 0px;">
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_112826" style="font-size: 12px; margin: 10px 10px 0px; padding: 0px; width: 490px;">
<a href="http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/05/compartilhamento.png" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="compartilhamento Possuir ou Partilhar?" class="size-full wp-image-112826" height="334" src="http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/05/compartilhamento.png" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" title="Possuir ou Partilhar?" width="640" /></a><div class="wp-caption-text" style="font-size: 11px; font-style: italic; line-height: 13px; padding: 0px 0px 0px 5px;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: xx-small;">Espalham-se pelo mundo serviços de compartilhamento de casas, quartos, carros, outros objetos. Novo modelo de negócio? Ou sinais de pós-capitalismo?</span></em></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">“Na casa de cada um de nós existe um problema ambiental com potencial econômico. Temos vários objetos que não utilizamos: uma furadeira dormindo no armário que não será usada por mais de 13 minutos, em média, durante toda a vida; um DVD já sem uso ocupando espaço, a câmera que atrai mais poeira que luz, mas também o carro que usamos solitariamente menos de uma hora por dia ou o apartamento vazio durante todo o verão. A lista é longa. E representa uma quantidade impressionante de dinheiro, assim como de lixo futuro.”</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Este é, essencialmente, o argumento de teóricos do consumo colaborativo. Pois, como sustenta com um grande sorriso Rachel Botsman (1), uma de suas lideranças, “você precisa do buraco, não da broca; da projeção, não do DVD; da viagem, não do carro!”…</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Jeremy Rifkin foi quem diagnosticou a transição de uma era da propriedade para uma “era do acesso” (2), na qual a dimensão simbólica dos objetos diminui em benefício de sua dimensão funcional: um carro costumava ser elemento de status que justificava sua compra para além do uso, enquanto agora os consumidores começam a alugar o seu veículo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Hoje, os jovens propõem alugar seus próprios carros ou casas. Se isso causa desespero a muitos empresários de transportes ou hotelaria, outros veem com esperança esse desapego com relação aos objetos de consumo. Plataformas de troca possibilitam uma melhor alocação de recursos; elas atomizam a oferta, eliminam intermediários e facilitam a reciclagem. Ao fazer isso, corroem monopólios, provocam redução de preços e trazem novos recursos aos consumidores. Estes serão levados a comprar bens de qualidade, mais duráveis, incentivando a indústria a abandonar a obsolescência programada. Seduzido por menores preços e pela conveniência dessas relações pessoa-a-pessoa (P2P, peer to peer), eles contribuem para a redução de resíduos. A imprensa internacional, do New York Times ao Le Monde, passando pelo Economist, já fala em “revolução do consumo.”</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: xx-small;">Um passe de mágica</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Os partidários do consumo colaborativo estão frequentemente entre os desiludidos com o “desenvolvimento sustentável”. Contudo, embora reprovem a superficialidade deste conceito, não costumam criticá-lo mais acidamente. Citando especialmente Rifkin, nunca evocam a ecologia política. Mencionam de bom grado Mohandas Gandhi: “Há atualmente na Terra recursos suficientes para atender às necessidades de todos, mas eles não serão jamais suficientes para satisfazer os desejos de posse de alguns (3).” Isso não os impede de manifestar uma espécie de desdém com relação aos adeptos do decrescimento e ativistas ambientais em geral, percebidos como utopistas marginais e sobrepolitizados.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">“Foi em 2008 que batemos contra a parede. Juntos, a Mãe Natureza e o mercado disseram ‘basta’. Bem sabemos que uma economia baseada no hiperconsumo é um esquema Ponzi (4), um castelo de cartas”, argumentou Botsman numa conferência TED (Tecnologia, Entretenimento e Design) (5).</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">De acordo com ela a crise, ao fazer com que as pessoas se esforçassem para sobreviver, teria causado uma explosão de criatividade e confiança mútua que supostamente detonou o fenômeno do consumo colaborativo (6).</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Mais e mais sites propõem a troca ou aluguel de bens “adormecidos” e caros: máquina de lavar roupa, roupas de marca, objetos high-tech, equipamento de camping, mas também meios de transporte (carro, moto, barco) ou espaços físicos (adega, estacionamento, sala etc). O movimento chega a ser quase uma poupança: ao invés de deixá-la inerte numa conta, as pessoas a compartilham, escapando dos bancos (7).</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Na área de transportes, o uso compartilhado de automóveis consiste em dividir o custo de um trajeto; uma espécie de carona organizada e contributiva, que permite, por exemplo, viajar de Lyon a Paris por 30 euros, contra 60 euros da passagem de trem, e conhecer pessoas novas durante o trajeto. Diversos sites que propõem esse serviço surgiram na França nos anos 2000. Isso levou à evolução típica das startups da internet: uma luta para estabelecer-se como referência de gratuidade, para, uma vez alcançada essa posição, impor aos usuários uma comissão de 12% “para maior segurança”. O número um francês, Covoiturage.fr, transformou-se em BlaBlaCar para embarcar na conquista do mercado europeu, e seu equivalente alemão, Carpooling, chegou à França. Enquanto os co-usuários habituais, enfurecidos pelo escorregão mercantil do site francês, lançaram a plataforma colaborativa e gratuita Covoiturage-libre.fr [algo como "Coautomóvel-livre"].</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">A partilha de carros reflete também um avanço cultural e ecológico. Plataformas como Drivy possibilitam a locação de veículos entre indivíduos, muito embora os atores dominantes do mercado sejam ainda empresas flexibilizadas (aluguel por minuto e self-service), que têm sua própria frota. A redução anunciada no número de veículos é relativa, portanto. Mesmo a frota Autolib’, criada pela prefeitura de Paris com o grupo Bolloré e inspirada no Vélib‘ [para compartilhamento de bicicletas], substitui transporte, mais do que elimina carros (8).</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">No que diz respeito à hotelaria, a internet também favoreceu o impulso das trocas entre particulares. Vários sites (9) permitem contatar uma multidão de anfitriões dispostos a receber pessoas em suas casas por algumas noites, gratuitamente – e isso em quase todos os países. Mas o fenômeno do momento é o “bed and breakfast” informal e cidadão e seu líder indiscutível, Airbnb. Ele permite passar a noite em Atenas ou Marselha e vai mimá-lo com um generoso café da manhã “opcional” por um preço inferior ao de um hotel. Um quarto vazio em sua casa ou mesmo seu próprio apartamento, quando sair de férias, pode tornar-se uma fonte de renda. Em poucas palavras: “Airbnb: viaje como ser humano”. Na imprensa econômica, contudo, o serviço mostra uma outra face. Ele orgulha-se de capturar mais de 10% do valor pago ao anfitrião, e ver o volume de negócios, de US$ 180 milhões em 2012, aumentar tão rápido quanto a capitalização na Bolsa, de quase US$ 2 bilhões.</span></div>
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_112827" style="margin: 10px 10px 0px; padding: 0px; width: 460px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="compartilhamento2 Possuir ou Partilhar?" class="size-full wp-image-112827" height="300" src="http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/05/compartilhamento2.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" title="Possuir ou Partilhar?" width="450" /></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="wp-caption-text" style="font-style: italic; line-height: 13px; padding: 0px 0px 0px 5px;">
<span style="font-size: xx-small;">Em cartum, o duplo sentido da nova tendência…</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">“A riqueza está mais no uso que na posse – Aristóteles”, proclama a empresa de uso compartilhado de carros City Car Club. Mas, visto mais de perto, o desapego da posse diagnosticado por Rifkin não parece incluir o desapego do consumo: se no passado o sonho era possuir uma Ferrari, o de hoje é dirigir uma. E, se as vendas diminuem, aumentam os aluguéis. Esta “era do acesso” revela uma mutação das formas de consumo ligada a uma mudança logística: a circulação de bens e habilidades pessoais por meio de interfaces eficientes da web. Longe de assustar-se, as empresas veem nesta diluição um potencial de novas operações, nas quais elas serão os intermediários remunerados.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">De um lado, isso possibilita aumentar a base de consumidores: quem não tinha meios para comprar um objeto caro pode agora alugá-lo. De outro, a comercialização estende-se à esfera doméstica e aos serviços entre particulares: o quarto de um amigo ou um assento no carro podem ser oferecidos para alugar, bem como uma mãozinha no encanamento ou no inglês. Podemos também antecipar o mesmo efeito do setor de energia, no qual a redução de gastos resultante de avanços tecnológicos leva ao aumento no consumo (10): a renda que uma pessoa ganha com o aluguel do seu projetor vai incentivá-la a gastar mais.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">No entanto, existem novas práticas que irão reverter o consumismo. São muito diversas: os couchsurfers (literalmente, “surfistas de sofá”) permitem que desconhecidos durmam gratuitamente em suas casas ou desfrutem de sua hospitalidade. Os usuários do Recupe.net ou do Freecycle.org preferem doar a jogar fora objetos que não têm mais utilidade. Nos sistemas locais de trocas (SEL, na sigla em francês), as pessoas oferecem suas competências em base igualitária: uma hora de jardinagem vale uma hora de encanamento ou design. Em associações para a manutenção de uma agricultura camponesa (AMAP, na sigla em francês), cada um assume o compromisso de abastecer-se por um ano com o mesmo agricultor local, com quem pode desenvolver um relacionamento, e participar voluntariamente da distribuição semanal de legumes. Esse compromisso relativamente obrigatório reflete uma abordagem que vai além da simples ação de consumo, que consiste em “escolher com a carteira”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Qual o ponto em comum entre esses projetos associativos e as empresas da distribuição C2C — de consumidor para consumidor? Comparemos os “surfistas de sofá” e os clientes do Airbnb: para os primeiros, o essencial reside no relacionamento com as pessoas, sendo o conforto secundário; para os segundos, é o inverso. Os critérios de avaliação são, portanto, sensivelmente diferentes: a atração do Airbnb, além do preço, está na limpeza do local e sua proximidade com o centro turístico, enquanto que no Couchsurfing.org, além da gratuidade, há a convivência com o anfitrião. Da mesma forma, plataformas tais como Taskrabbit.com oferecem troca de serviços entre particulares que pagam, enquanto que os SEL baseiam-se na doação.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Em textos destinados ao grande público, os promotores do consumo colaborativo citam frequentemente iniciativas associativas para vangloriar-se do aspecto “social” e “ecológico” dessa “revolução”. Essas menções desaparecem quando falam na imprensa de negócios. Na verdade, só podemos juntar essas duas abordagens sob o mesmo rótulo, de “economia do compartilhamento”, se levarmos em conta a forma dessas relações e minimizarmos as lógicas, muito diferentes, que as alimentam.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Essa combinação, que culmina no passe de mágica que consiste em traduzir compartilhar por alugar, é largamente encorajada por aqueles que procuram tirar vantagem do fenômeno. Por meio de um subterfúgio semelhante ao greenwashing (“lavagem verde de imagem”), projetos tipo AMAP são utilizados como garantia. Quem não leva em conta os valores sociais subjacentes a esses projetos participa, assim, de uma espécie de “lavagem colaborativa” (collaborative washing). As pessoas que oferecem seu teto, sua mesa ou seu tempo a desconhecidos geralmente se caracterizam, na verdade, pela busca de práticas igualitárias e ecológicas – o que as aproxima ainda mais de cooperativas de consumo e produção e de plataformas de troca C2C.</span></div>
<div style="margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">Essa dualidade coincide com muitas outras: a que separa o “desenvolvimento sustentável” da ecologia política, ou ainda o movimento do software de código aberto – que promove a colaboração de todos para melhorar o software – e o de software livre – que promove a liberdade dos usuários a partir de uma perspectiva política. A distinção feita por Richard Stallman, um dos pais do software livre, poderia ser estendida a cada um desses domínios: “O primeiro é uma metodologia de desenvolvimento; o segundo, um movimento social (11)”.</span></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">*Animadores do coletivo La Rotative, <a href="http://larotative.org/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">www.larotative.org</a></em></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Notas</strong></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;">(1)</strong><span style="font-size: 12px;"> </span><span style="font-size: 12px;">Cf. Rachel Botsman et Roo Rogers, What’s Mine Is Yours: How Collaborative Consumption Is Changing the Way We Live, HarperCollins, Londres, 2011; Lisa Gansky, The Mesh: Why the Future of Business Is Sharing, Portfolio Penguin, New York, 2010. Na França,</span><span style="font-size: 12px;"> </span><a href="http://www.ouishare.net/fr;www.consocollaborative.com" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">www.ouishare.net/fr; www.consocollaborative.com</a><span style="font-size: 12px;">, por exemplo.</span></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(2)</strong> Jeremy Rifkin, L’Age de l’accès. La nouvelle culture du capitalisme, La Découverte, coll. «Poche-Essais», Paris, 2005 (1re éd.: 2000).</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(3)</strong> Citado em Anne-Sophie Novel e Stéphane Riot, Vive la corévolution! Pour une société collaborative, Alternatives, coll. «Manifestô», Paris, 2012.</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(4)</strong> Esquema fraudulento, lançado em 1920 por Charles Ponzi, de remunerar os investidores através de solicitação constante de novos colaboradores. Ler Ibrahim Warde, «<a href="http://www.monde-diplomatique.fr/2009/08/WARDE/17745" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Ponzi, ou le secret des pyramides», Le Monde diplomatique</a>, agosto 2009.</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(5)</strong> «<a href="http://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_case_for_collaborative_consumption?language=fr" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Rachel Botsman: à propos de la consommation collaborative</a>», mai 2010, <a href="http://www.ted.com/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">www.ted.com</a></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(6)</strong> Ler Mona Chollet, «<a href="http://www.monde-diplomatique.fr/2009/08/CHOLLET/17742" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Yoga du rire et colliers de nouilles</a>», Le Monde diplomatique, agosto 2009.</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(7)</strong> Zopa, Prosper e Lending Club são as principais plataformas, nos Estados Unidos. Na França, uma outra associação para empréstimo, a FriendsClear, tem parceria com o Crédit Agricole.</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(8)</strong> «“<a href="http://transports.blog.lemonde.fr/2013/03/26/on-a-rate-lobjectif-autolib-ne-supprime-pas-de-voitures/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">On a raté l’objectif. Autolib’ ne supprime pas de voitures</a>”», L’interconnexion n’est plus assurée, 26 mars 2013,<a href="http://transports.blog/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">http://transports.blog. lemonde.fr</a></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(9)</strong> Couchsurfing.org, Hospitalityclub.org e Bewelcome.org, especialmente. Este último reúne os desapontamentos dos dois primeiros</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">(10)</strong> Ler Cédric Gossart, «<a href="http://www.monde-diplomatique.fr/2010/07/GOSSART/19374" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Quand les technologies vertes poussent à la consommation</a>», Le Monde diplomatique, julho 2010.</div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
(11) Richard Stallman, «<a href="https://www.gnu.org/philosophy/open-source-misses-the-point.fr.html" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Pourquoi l’“open source” passe à côté du problème que soulève le logiciel libre</a>», <a href="http://www.gnu.org/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">www.gnu.org</a></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">* <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tradução:</strong> Inês Castilho.</em></div>
<div style="font-size: 12px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">** Publicado originalmente no Le Monde Diplomatique francês e retirado do site <a href="http://outraspalavras.net/destaques/possuir-ou-partilhar-o-desapego/" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Outras Palavras</a>.</em></div>
</div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-77632444075328524672014-05-14T17:11:00.002-03:002014-05-14T17:11:42.773-03:00Humanidade atropelada<div style="background-color: white; color: #414042; font-family: tahoma, arial; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-align: center;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><b>“Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa…a vida é tão rara” (Lenine)</b></em></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O trânsito de nossas cidades revela o nosso comprometimento pessoal e coletivo com a esquizofrenia e a imposição dos números. Passo Fundo, cidade do norte do Rio Grande do Sul, vive em 2014 a supremacia dos números, de carros. Segundo estudo do arquiteto e urbanista desta cidade, Daniel Bueno, nossa cidade dobrou o número de carros em relação ao número de habitantes, no período de 2006 a 2009. Estarrecedor!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Cabe, então, uma singela reflexão sobre o porquê da supremacia das máquinas e dos motores. O fato é que reduzimos nossas vidas a uma competição com o tempo. O que é a pressa senão a pretensão de reduzirmos tempo? O que é a correria senão querer fugir do lugar para chegar a lugares, e mais lugares? O que é a velocidade senão acelerarmos nossa louca correria.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Tudo corre muito ligeiro, mas o percurso e o desenrolar da vida segue regular. O tempo foi inventado pelos homens, mas a vida não. Enquanto aceitarmos que os números se imponham ao ritmo natural da vida, continuaremos lamentando o número de vítimas.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Aliás, o que são as vítimas além de números? Não nos assusta mais saber que, em apenas 05 meses do ano de 2014, 21 pessoas perderam suas vidas no nosso trânsito. Para ficarmos nos números, em 2013 foram 18 mortos. O que é que são 18 ou 21 pessoas mortas? O que elas representam diante de um total de quase duzentos mil habitantes?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Concordo com a afirmação das autoridades do trânsito de nossa cidade, de nosso estado e de nosso país de que os motoristas e pedestres são parte da culpa dos nossos acidentes. Que boa parte dos acidentes poderia ser evitada (sempre se…). Mas não posso ficar na mera constatação sem perguntar pelas causas. As causas, todos nós devemos investigar.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Cadê a nossa humanidade? Será que ela foi atropelada pelos números? Será que a organização do trabalho, da economia e do cotidiano das nossas cidades não está nos levando a uma mais completa loucura? Dizemos sempre que estamos correndo, mas nem sempre sabemos para onde nem atrás de que.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Fiquei pensando no que é mesmo esquizofrenia. Pesquisei e descobri que “esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário.”. (Dr. Dráuzio Varella, médico psiquiatra).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Concluí, então ,que trânsito pode combinar com esquizofrenia. Não é louco?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">* <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Nei Alberto Pies</strong> é professor e ativista de direitos humanos.</span></em></div>
<div style="background-color: white; color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">** Publicado originalmente no site <a href="http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=80583&langref=PT&cat=24" style="color: #40ad4c; cursor: pointer; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">Adital</a>.</span></em></div>
<div style="background-color: white; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="color: #414042; line-height: 22.799999237060547px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">***Fonte: </span></em><span style="background-color: transparent; line-height: 22.799999237060547px;"><span style="color: #414042; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>http://envolverde.com.br/sociedade/humanidade-atropelada/</i></span></span></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-56313346789421369682014-05-14T16:27:00.004-03:002014-05-14T16:27:43.147-03:00A Anistia Internacional critica postura ‘hipócrita’ dos países em relação à tortura<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
A Anistia Internacional detectou casos de tortura ou maus tratos em 141 países ao longo dos últimos cinco anos, segundo o relatório “Parar a tortura” apresentado nesta segunda-feira em Londres. O texto denuncia designadamente a atitude “hipócrita” dos governos no continente americano, onde a existência de duras legislações contra a tortura não impede que esta se siga praticando.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
“Eletrochoques. Surras. Abuso sexual. Humilhação. Simulações de execuções. Queimaduras. Privação do sonho. Torturas com água. Horas e horas em posturas forçadas. O uso de pinças, drogas e cães. São palavras que por si só soam como um pesadelo. Mas a cada dia, em cada canto do mundo, estes horrores inimagináveis são algo cotidiano para inúmeros homens, mulheres e crianças”, adverte o secretário geral da organização, Salil Shetty. “A tortura é abominável. É bárbara e desumana. Nunca pode ser justificada. É um erro, é contraproducente e envenena o império da lei substituindo-a com o terror. Ninguém está a salvo com um Governo que a utiliza”, acrescenta Sherry na introdução do relatório.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
No entanto, embora muitos governos a tenham proibido, continuam praticando ou tolerando sua prática, salientando que “não basta a proibição global”. Por isso, meio século após começar sua luta contra a tortura e 30 anos após conseguir sua proibição, a Anistia lançou uma nova campanha mundial para conseguir que a tortura seja efetivamente erradicada.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
O relatório destaca que “em vários países das Américas, o uso da tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes é algo rotineiro e é aceito por muitos como uma resposta legítima aos altos níveis de violência criminosa”. No Brasil, 80% dos detentos temem ser torturados e no México, 64%, as cifras mais altas de um inquérito levado a cabo pela Anistia do qual participaram 21.000 pessoas em 21 países de todos os continentes. “Inclusive 32% das pessoas nos Estados Unidos e 21%, no Canadá, temem ser torturados”, destaca a Anistia.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
“A tortura está presente em prisões e centros de detenção de toda a América. Em muitos países os detentos recebem surras, eletrochoques e abusos sexuais e lhes é negado o acesso a cuidados médicos”, denuncia o relatório. A tortura utiliza-se para castigar os réus e para obter “confissões” dos suspeitos de serem delinquentes e utiliza-se também contra manifestantes em países como o Brasil, México e Venezuela.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
O relatório cita estudos que revelam um incremento do uso da tortura no México desde 2006, destaca a falta de investigações pelos abusos detectados na Colômbia, a tendência do Governo dos Estados Unidos a se desentender sobre os abusos na chamada guerra contra o terrorismo e as centenas de delitos cometidos no passado recente pelos regimes militares em países como Chile, El Salvador e Uruguai e que não chegaram até os tribunais.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Na Europa e na Ásia central, a tortura continua sendo um problema nos países da antiga União Soviética e destaca que também “se documentaram” casos dentro da União Europeia. O texto destaca, no entanto, os avanços que se viveram na Turquia.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/12/internacional/1399918141_217201.html</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<br /></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-26732562630870397402014-05-14T15:57:00.004-03:002014-05-14T15:59:12.455-03:00Denunciados pela linguagem<h2 style="background-color: white; background-image: none; background-position: 0px 7px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; line-height: 19px; list-style-type: none; margin: 0px 0px 1px; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fabiane era inocente. Nós, ao exaltarmos a sua inocência como principal razão para que ela não fosse assassinada, somos culpados</span></h2>
<div>
<br /></div>
<div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
O linchamento de Fabiane Maria de Jesus nos denuncia pela palavra. Há um horror, o linchamento. E há o horror por trás do horror, que é a exacerbação da inocência da vítima. É preciso que este também nos espante, porque ainda mais entranhado, suas unhas cravadas fundo numa forma de pensar como indivíduos e de funcionar como sociedade. Nem todos são capazes de pegar um pedaço de pau para bater na cabeça de uma mulher até a morte por considerá-la culpada de um crime, mas é grande o número daqueles que, ao contarem o caso na última semana, enfatizaram: “Ela era inocente”. Não como uma informação a mais no horror, mas como a mais importante. Essa também foi a frase escolhida para ilustrar as camisetas dos que protestavam contra a sua morte: “A dor da inocência”. Mas talvez seja na exaltação da inocência que nossa violência se revele em sua face mais odiosa. O que pensamos ser luz, prova de nossa boa índole, é feito da matéria de nossas trevas mais íntimas. É a exacerbação da inocência que mostra o quanto nós – mesmo os que não lincham pessoas na rua – somos perigosos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
<a href="http://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/08/sociedad/1399557375_772228.html" style="border-bottom-color: rgb(143, 159, 41); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #8f9f29; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;" target="_blank">E se ela fosse culpada?, como provoca o título da matéria de Marina Rossi, aqui no El País Brasil</a>. E se ela fosse uma mulher que praticasse magia negra com crianças? Seu assassinato por um bando de pessoas na rua estaria justificado? Então alguém poderia agarrá-la, outro arrastá-la e um terceiro passar com a roda da bicicleta sobre a sua cabeça? É isso o que estamos dizendo quando nos espantamos mais com a inocência de Fabiane do que com o seu assassinato?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
O linchamento de Fabiane produziu uma narrativa fragmentada, que revela mais sobre os autores do discurso do que sobre a vítima. O suspeito V. B., eletricista, 48 anos, justificou-se, ao ser preso: teria golpeado Fabiane com um pedaço de madeira porque achou que o boato era “verdade”. O suspeito L.L., ajudante de pedreiro, 19 anos, que teria passado com a bicicleta sobre a cabeça de Fabiane, explicou: “Diante da gritaria das pessoas que tinham reconhecido a mulher, não tive dúvidas de participar do tumulto”. O suspeito C.J., pintor de paredes, 22 anos, teria puxado Fabiane pelos cabelos para se certificar de que era ela mesma, antes de ajudar a matá-la.</div>
<div class="derecha" id="sumario_1|html" style="background-color: white; display: inline; float: right; margin: 0px 0px 30px 15px; width: 200px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_1" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 0px -10px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-top-color: rgb(239, 239, 239); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 42px 0px 0px;">
A exaltação da inocência de Fabiane revela a não inocência da sociedade brasileira na série de linchamentos que vem atravessando<br />
o país</blockquote>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Em nenhum momento apareceu o choque por ter espancado uma pessoa com um pedaço de pau, passado sobre a cabeça de alguém com a bicicleta, agarrado uma mulher pelos cabelos. Passada a explosão da hora, a questão que motivou até um pedido de desculpas à família, por parte de um dos suspeitos, era o erro. Mas o erro não seria assassinar – e sim assassinar a pessoa errada. Se havia razões para o arrependimento era a inocência de Fabiane – não o ato de matar. “Não é ela, não é ela”, teria avisado alguém em um dos vídeos de sua morte. Não arrebente porque não é ela. E se fosse?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Se a exaltação da inocência estivesse restrita aos assassinos – e a quem assistiu ao assassinato sem nada fazer para impedi-lo – seria mais fácil. Mas foi a inocência de Fabiane que motivou, nos mais variados espaços, perguntas retóricas como: “onde estamos?” ou “que país é este?”. Entre os tantos comentários sobre o caso, lamentando a morte de Fabiane, talvez o do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seja o mais revelador.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Fabiane foi linchada no sábado (3/5), no bairro de Morrinhos, na periferia do Guarujá, no litoral paulista, e morreu, no hospital, na segunda-feira (5/5). Tinha 33 anos. Na quarta-feira (7/5), o governador, que pretende tentar a reeleição, foi ao Guarujá para, entre outros compromissos, reinaugurar a maternidade do Hospital Santo Amaro – o mesmo onde, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Fabiane teve de esperar um dia para conseguir vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante a cerimônia, Alckmin manifestou-se sobre a morte de Fabiane, nos seguintes termos: “É inadmissível um ato de barbaridade como esse, tirando a vida de uma pessoa que não tinha nada a ver com a desconfiança da população, até porque tudo não passou de um boato”.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Uma boa questão de interpretação para a prova de língua portuguesa do próximo vestibular. O que, exatamente, o governador está dizendo ao povo do estado que governa? Qual é, para ele, a questão central no linchamento? O que é inadmissível, segundo Alckmin? Linchar uma pessoa, qualquer pessoa, ou linchar uma pessoa inocente?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
A exaltação da inocência de Fabiane revela a não inocência da sociedade brasileira na série de linchamentos que vem atravessando o país. As palavras revelam o que também alimenta o espancamento e a morte de pessoas por cidadãos nas ruas. É no discurso, às vezes subliminar, às vezes explícito, que é reeditado cotidianamente o pacto histórico de que há uma categoria de brasileiros que podem ser mortos – ou que ao menos seu assassinato seria justificável. É esta mesma lógica que tolera – quando não deseja – a tortura e a morte de presos nas delegacias e nos presídios do Brasil. Encarar os linchamentos como algo que só pertence ao bárbaro, que é sempre o outro, é ocultar a nossa responsabilidade, a de cada um, com uma máscara de inocência. Fabiane era inocente. Nós, ao exaltarmos a sua inocência como principal razão para que ela não fosse assassinada, somos culpados.</div>
<div class="izquierda" id="sumario_2|html" style="background-color: white; clear: both; display: inline; float: left; margin: 0px 0px 30px -100px; padding: 0px 15px 0px 0px; width: 300px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_2" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 25px 0px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 100px;">
Encarar os linchamentos como algo que só pertence ao bárbaro, que é sempre o outro, é ocultar a nossa<br />
responsabilidade</blockquote>
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A barbárie não deveria nos surpreender, como se fosse nova entre nós. A sociedade brasileira historicamente a tolera, quando não a estimula. Como já foi dito mais de uma vez, também aqui, ela está nas raízes da formação do Brasil. A barbárie chegou junto com os que se anunciavam como civilizados diante dos povos indígenas que aqui estavam – os bárbaros. E foram também os chamados civilizados que promoveram uma força de trabalho escravo, alimentada por negros trazidos da África (e também por índios). Nem a escravidão nem o extermínio indígena foram superados no Brasil – e as marcas de uma e a reedição do outro fazem parte do cotidiano do país, hoje.</div>
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Fingir que a barbárie é surpreendente não vai nos ajudar a combatê-la. No Brasil atual, indígenas, ribeirinhos e quilombolas têm sido expulsos de suas terras por atos do próprio governo federal – e muitos deles têm sido mortos por pistoleiros, a mando de fazendeiros. É assustador o número de moradores de rua assassinados no Brasil nos últimos tempos, assim como o de crimes por homofobia. A retirada de pessoas de suas casas para a construção de estádios da Copa do Mundo é conhecida – ou deveria ser – por todos. A violência nos presídios e as execuções nas favelas e periferias tornaram-se uma banalidade só interrompida por espasmos. Mesmo os linchamentos estão longe de nos ser estranhos, o que em nada diminui o seu horror e a necessidade de combatê-los.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Se há algo de novo é talvez a forma como as palavras encarnaram para tornar Fabiane uma pessoa para o linchamento. A internet não criou – nem piorou – o humano. Ela apenas o revelou como nunca antes. Ela deu-nos a conhecer. Antes não sabíamos o que pensava o vizinho ou o caixa do banco ou o sujeito que nos cumprimentava na padaria. Agora, ele grita na internet – e, mais do que grita, exibe todo o seu inferno. Passeia o time completo, com titulares e reservas, de seus ódios e preconceitos. Na internet, o humano perdeu o pudor de suas vísceras. Ao contrário, em vez de ocultá-las, passou a exibi-las como um troféu de autenticidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
É nesse contexto que o dono do perfil no Facebook “Guarujá Alerta” postou, em 25 de abril, a seguinte “notícia” – que jamais poderia ser chamada de notícia porque sequer foi apurada antes de ser publicada: “Boatos rolam na região da praia do Pernambuco, Maré Mansa, Vila Rã e Areião, que uma mulher está raptando crianças para realizar magia negra... Se é boato ou não devemos ficar alertas”. Nenhum pudor de postar um boato. Zero pudor. Ao contrário, a internet nos mostra que há um orgulho no despudor, no “assumir” a falta de princípios, confundindo-a com o que é apresentado como “coragem de denunciar”.</div>
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Alguns dos comentários de homens e mulheres, postados na sequência, mostra a disseminação do ódio, travestida como defesa do bem: “Mata essa filha da puta. Quem achar, sem dó”/ “Se vir pro Morrinhos vai tomar só rajada essa cachorra”/ “Vamos fazer uma magia de revolta com ela, ‘botando fogo nela’”. Logo surgiu um retrato falado, que seria descrito pela imprensa como o de uma mulher “negra e gorda”, em seguida a foto de uma loira.</div>
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Dias depois da publicação do boato, Fabiane, com pouca ou nenhuma semelhança com qualquer uma das imagens, foi linchada. Inclusive crianças participaram do seu espancamento. O retrato falado tinha sido feito em 2012 pela polícia carioca e referia-se a uma suspeita de ter sequestrado uma criança na zona norte do Rio. Nenhum menino ou menina desaparecera na região do Guarujá nos últimos tempos, o crime não existia. Mas as “bruxas” começaram a ser vistas em toda parte – e também em outras regiões do país, na qual o boato foi reproduzido. Fabiane foi a única morta, mas várias mulheres podem ter corrido o risco de ser assassinadas. De novo, as mulheres e a bruxaria, como nas fogueiras da Inquisição.</div>
<div class="derecha" id="sumario_3|html" style="background-color: white; display: inline; float: right; margin: 0px 0px 30px 15px; width: 200px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_3" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 0px -10px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-top-color: rgb(239, 239, 239); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 42px 0px 0px;">
Se há algo de novo é talvez a forma como as palavras encarnaram<br />
para tornar Fabiane uma pessoa para o linchamento</blockquote>
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(Só um parêntese. Vale pensar sobre o peso da palavra escrita nessa tragédia. Sobre o quanto a palavra escrita, agora na internet, é decodificada ainda por muitos, em especial por aqueles que ao longo da história tão pouco tiveram acesso a ela, como “verdade”. A frase “está no jornal” ou “li no jornal”, usada para assegurar a veracidade de algo diante de outros, é agora também “está (ou li) na internet”. É o que mostra a quantidade de spams com boatos os mais estapafúrdios que atravancam todos os dias as caixas de e-mail e também as redes sociais, porque muitos os replicam, sem apurar a fonte ou sequer duvidar, para alertar seu circuito de conhecidos, familiares e amigos sobre ameaças terríveis. Falta muito para que a leitura crítica, tanto da imprensa tradicional quanto da mídia alternativa, como de qualquer outra produção narrativa, se estabeleça para a maioria, tão carente de educação no país.)</div>
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Quando Fabiane foi agarrada naquele sábado, carregava um livro de capa preta. Quem passava por ela, viu nele uma obra de magia negra. Quando ela ofereceu uma fruta a uma criança na rua, o gesto foi interpretado como uma tentativa de sedução. Foi só alguém gritar “é ela, é ela”, para o linchamento começar. É importante compreender como Fabiane tornou-se bruxa. Mas também é fundamental entender como ela deixou de ser bruxa.</div>
<div class="izquierda" id="sumario_4|html" style="background-color: white; clear: both; display: inline; float: left; margin: 0px 0px 30px -100px; padding: 0px 15px 0px 0px; width: 300px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_4" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 25px 0px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 100px;">
Na internet, o humano perdeu o pudor de suas vísceras. Em vez de ocultá-las, passou a exibi-las como um troféu de autenticidade</blockquote>
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O feitiço ao contrário é revelador. O livro de magia negra era uma Bíblia. A fruta oferecida era um gesto de generosidade. Fabiane era branca, era religiosa, era mãe de duas filhas, era dona de casa e gostava de crianças. Sua única “mácula”, para o senso comum, seria um diagnóstico de “transtorno bipolar”, relacionado nos relatos “ao parto da primeira filha”. Mas, mesmo neste caso, ela foi poupada do preconceito costumeiro, associado às doenças mentais, por depoimentos como este, de uma amiga: “(Nas crises) ela saía abraçando as pessoas, falando que amava todo mundo, nunca fez mal a ninguém”.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Fabiane, portanto, não só era inocente, como era a imagem da inocência. Era o retrato idealizado do feminino ligado à maternidade. Não tenho como aferir o quanto essa imagem, desfeito o feitiço, colaborou para a comoção do país. Mas suspeito que bastante. E isso também revela o quanto nós não somos inocentes.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
E se Fabiane fosse “negra e gorda”, como descrita no retrato falado? E se Fabiane exibisse piercings e tatuagens pelo corpo? E se Fabiane fosse lésbica? E se Fabiane fosse agressiva? E se Fabiane fosse do candomblé ou do batuque ou de outra religião afro-brasileira, as quais os pastores evangélicos neopentecostais tanto relacionam nos templos e nos programas da TV com satanismo, uma atitude criminosa pouco ou nada combatida? E se Fabiane fosse bruxa? E se Fabiane fosse o oposto da idealização feminina? Será que tantos hoje chorariam por ela?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
E Fabiane seria, por isso, menos inocente?</div>
<div class="derecha" id="sumario_5|html" style="background-color: white; display: inline; float: right; margin: 0px 0px 30px 15px; width: 200px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_5" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 0px -10px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-top-color: rgb(239, 239, 239); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 42px 0px 0px;">
A palavra escrita, agora na internet, ainda é decodificada por muitos, em especial por quem historicamente não teve<br />
acesso a ela, como verdade</blockquote>
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Talvez, se sua imagem não correspondesse ao estereótipo da mãe de família, ouviríamos coisas como: “Também, com aquela aparência, era fácil confundi-la”. Ou: “Essa história está mal contada, boa coisa ela não era”. Talvez então o feitiço jamais fosse desfeito e Fabiane continuasse na lista não escrita das pessoas “lincháveis”. É possível? Ou estou exagerando? Gostaria de estar exagerando, mas me arrisco a suspeitar que não.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Vale a pena prestar atenção ao comentário de L., ao ser preso e pedir desculpas à família de Fabiane. “Peço desculpas à família, estou muito arrependido. Desculpa mesmo. A gente vê a nossa mãe em casa, nossa tia, e imagina que poderia ter sido com elas”. De repente, o algoz percebe que sua vítima não é mais uma “bruxa”, uma diferente, uma outra, mas sim semelhante às mulheres da sua família que ocupam um lugar materno. E, como filho, sobrinho, dessas mulheres, semelhante a ele mesmo. Pela lógica imediata, se a conversão em bruxa pela turba enlouquecida, da qual ele fez parte, aconteceu com Fabiane, por que não aconteceria com sua mãe, com sua tia? Com ele, com cada um de nós? Será também um medo novo que faz aumentar a comoção por Fabiane? E agora, que a barreira dos “lincháveis” foi rompida e uma mãe de família, uma devota, morreu a pauladas?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Um dos suspeitos disse à polícia que dois outros autores do linchamento de Fabiane foram executados pelo tráfico. A informação foi publicada na imprensa. Se queremos de fato enfrentar a barbárie, precisamos saber se essa afirmação é verídica. E, se for verídica, precisamos exigir que os assassinos dos assassinos sejam investigados, julgados e punidos, no rito da lei. Do contrário, somos só bárbaros que acreditam que linchadores devem ser mortos, no olho por olho, dente por dente. Como aqueles bárbaros que salivam em suas casas quando assistem à notícia de que estupradores foram violados na cadeia, onde estão sob proteção do Estado.</div>
<div class="izquierda" id="sumario_6|html" style="background-color: white; clear: both; display: inline; float: left; margin: 0px 0px 30px -100px; padding: 0px 15px 0px 0px; width: 300px;">
<a href="https://draft.blogger.com/null" name="sumario_6" style="color: #8f9f29; outline: none;"></a><br />
<blockquote style="background-color: transparent; background-image: url(http://ep01.epimg.net/iconos/v1.x/v1.0/varios/comillas_cita_noticia.png); background-position: 25px 0px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #333333; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 20px; font-style: italic; letter-spacing: -1px; line-height: 26px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 100px;">
Chorar pelos inocentes é fácil. O que nos define como indivíduos e como sociedade é a nossa capacidade de exigir<br />
dignidade e legalidade no tratamento dos culpados</blockquote>
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<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Chorar pelos inocentes é fácil. O que nos define como indivíduos e como sociedade é a nossa capacidade de exigir dignidade e legalidade no tratamento dos culpados. O compromisso com o processo civilizatório é árduo e exige o melhor de nós: respeitar a vida dos assassinos. Fora isso, é só demagogia.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 15px;">
Há vários apelos circulando na internet sobre as palavras “justiceiro” e “justiçamento”. Quero trazer a reflexão para cá, porque já descobrimos há muito – e também agora – que as palavras são poderosas. E andam. E encarnam. E revelam. E autorizam. Linchamento não é “justiçamento”. É crime. Linchador não é “justiceiro”. É criminoso. Seja uma pessoa ou uma turba, quem mata é assassino. Quem lincha e mata não quer justiça, quer vingança – às vezes sem nem mesmo saber do quê. Se queremos superar a barbárie, talvez seja necessário jamais confundir “justiça” e “vingança” – também nas palavras.</div>
<div class="nota_pie" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 15px;">
<strong>Eliane Brum</strong> é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção<em>Coluna Prestes - o Avesso da Lend</em>a, <em>A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua</em>, <em>A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos</em> e do romance <em>Uma Duas</em>. Email:<a href="mailto:elianebrum.coluna@gmail.com" style="border-bottom-color: rgb(143, 159, 41); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #8f9f29; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;">elianebrum.coluna@gmail.com</a>. Twitter: <a href="https://twitter.com/brumelianebrum" style="border-bottom-color: rgb(143, 159, 41); border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #8f9f29; outline: none; padding: 2px 0px 1px; text-decoration: none;">@brumelianebrum</a></div>
<div class="nota_pie" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 15px;">
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/12/opinion/1399902051_903721.html</div>
<div class="nota_pie" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, Garuda, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 15px;">
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Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-34356315734604021262014-04-16T14:40:00.000-03:002014-04-16T14:42:03.897-03:00Palestra: A perspectiva do negro na sociedade brasileira do século XXI<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Y2Svg_57aUE/U07AXzQOiUI/AAAAAAAAGIM/IciGU0_SnYQ/s1600/10154402_10152366725669189_3796367642524597470_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Y2Svg_57aUE/U07AXzQOiUI/AAAAAAAAGIM/IciGU0_SnYQ/s1600/10154402_10152366725669189_3796367642524597470_n.jpg" height="400" width="296" /></a></div>
<br />Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-68775121959715065232014-04-16T12:32:00.001-03:002014-04-16T12:32:51.814-03:00Pearl Jam - Just Breathe<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/XTb9GNIxpMk" width="480"></iframe></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6289196306213242659.post-78535708435963998752014-02-03T12:11:00.001-02:002014-02-03T12:11:17.716-02:00<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Ímpeto irracional de compra </span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">devasta natureza e amplia desigualdade. </span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Mas é alimentado pela ideia de que mercadorias </span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">suprem vazios existenciais</span></em></div>
Veridiana Prinahttp://www.blogger.com/profile/10721968417823975670noreply@blogger.com0