domingo, 26 de outubro de 2008

Shakespeare Apaixonado...

Depois de um tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos; e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importa, algumas pessoas simplesmente não se importam.

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você pode fazer coisas em um instante, das quais vai se arrepender pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a ultima vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nos mesmos. Começa a aprender que se deve comparar com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.
Aprende que ou você controla seus
atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são
bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais

E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!"





O Ator - Plínio Marcos


Por mais que as cruentas e inglórias
Batalhas do cotidiano
Tornem um homem duro ou cínico
O suficiente para fazê-lo indiferente
Às desgraças e alegrias coletivas,
Sempre haverá no seu coração,
Por minúsculo que seja,
Um recanto suave
Onde ele guarda ecos dos sons
De algum momento de amor já vivido.

Bendito seja
Quem souber dirigir-se
A esse homem
Que se deixou endurecer,
De forma a atingi-lo
No pequeno porém macio
Núcleo da sua sensibilidade.
E por aí despertá-lo,
Tirá-lo da apatia,
Essa grotesca
Forma de auto-destruição
A que por desencanto
Ou medo se sujeita.
E por aí inquietá-lo
E comovê-lo para
As lutas comuns da libertação.

O ator tem esse dom.
Ele tem o talento de atingir as pessoas
Nos pontos onde não existem defesas.
O ator, não o autor ou o diretor,
Tem esse dom.
Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dele.
O autor e o diretor só são bons na medida
Em que dão margem a grandes interpretações.

Mas o ator deve se conscientizar
De que é um cristo da humanidade:
Seu talento é muito mais
Uma condenação do que uma dádiva.
Ele tem que saber que para ser
Um ator de verdade, vai ter que fazer
Mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios.
É preciso coragem,
Muita humildade e, sobretudo,
Um transbordamento de amor fraterno
Para abdicar da própria personalidade
Em favor de seus personagens,
Com a única intenção de fazer
A sociedade entender
Que o ser humano não tem
Instintos e sensibilidades padronizados,
Como pretendem os hipócritas
Com seus códigos de ética.

Amo o ator
Nas suas alucinantes variações de humor,
Nas suas crises de euforia ou depressão.
Amo o ator no desespero de sua insegurança,
Quando ele, como viajor solitário,
Sem a bússola da fé ou da ideologia,
É obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente
Procurando, no seu mais secreto íntimo,
Afinidades com as distorções de caráter
De seu personagem.

Amo o ator
Mais ainda quando,
Depois de tantos martírios,
Surge no palco com segurança,
Oferecendo seu corpo, sua voz,
Sua alma, sua sensibilidade
Para expor, sem nenhuma reserva,
Toda a fragilidade do ser humano
Reprimido, violentado.
Amo o ator por se emprestar inteiro
Para expor à platéia
Os aleijões da alma humana,
Com a única finalidade
De que o público
Se compreenda, se fortaleça
E caminhe no rumo
De um mundo melhor,
A ser construído
Pela harmonia e pelo amor.

Amo o ator
Consciente de que
A recompensa possível
Não é o dinheiro, nem o aplauso,
Mas a esperança de poder
Rir todos os risos
E chorar todos os prantos.
Amo o ator consciente de que,
No palco, cada palavra
E cada gesto são efêmeros,
Pois nada registra nem documenta
Sua grandeza.

Amo o ator e por ele amo o teatro.
Sei que é por ele que
O teatro é eterno
E jamais será superado
Por qualquer arte que
Se valha da técnica mecânica.



Qualidades para o Educador


Ultimamente ando pensando muito sobre as qualidades do professor, acredito que ando fazendo isso por causa da pedagogia. Mas eu sempre acreditei que a solução para os problemas como desigualdade social, preconceito, arrogância, autoritarismo e vários outros que assolam a sociedade, só seriam
efetivamente resolvidos com a educação. Agora, mais do que em qualquer outro momento, afirmo que a educação é revolucionaria.
Por isso, todos os dias penso qual seria a maneira ideal para se trabalhar a educação, sendo que depende dela fatos relevantes como os já citados? Qual o papel do educador nessa luta? A partir dessas reflexões pude perceber que primeiro deve-se investir naquele que vai interagir com o aluno: o professor.

Muitos dizem que para se ser professor é necessário ter um dom ou vocação, pois caso contrario não seria capaz de exercer essa profissão tão importante, porém desvalorizada. Essa é uma ideia ultrapassada. O professor deve ter um conjunto de qualidades e competências, não que a vocação seja indispensável, mas é extremamente importante a formação técnica, para que o educador saiba o que está ensinando. Afinal de contas, não adianta chegar na sala de aula com o dom e não saber o que vai lecionar ou vice-versa.

Um bom educador deve ser motivador, deve mostrar às pessoas que o mundo ideal depende apenas delas mesmas. Ele tem que ser um modelo digno de ser copiado, já que na maioria dos casos o professor serve de exemplo para os alunos. É função do educador estimular a educação e mostrar que esse é um processo continuo.
Além de motivador, deve ser equilibrado, deve buscar a felicidade e entender que ser feliz não significa ter tudo que se quer e sim prezar o que se é, melhorando-se sempre. Tem de ser honesto em relação aos seus próprios sentimentos e ter comportamento coerente com suas teorias.

Quem se prontifica a educar deve buscar a criatividade, perguntando-se sempre: "onde posso melhorar?" e tem que estar aberto à novas ideias. Deve-se também ser compromissado com seu grupo, mostrar entusiasmo e não se acomodar.
Uma das principais características deve ser a ética. Ele deve respeitar as pessoas, pensar antes de falar e se colocar no lugar do outro.

Se todos os educadores buscassem essas qualidades, a escola teria o papel de transformadora da sociedade e deixaríamos de ter uma visão reacionária do conhecimento. Acredito que a falta de consciência do poder que a educação tem, faz com que seja manipulada por uma minoria que aproveita-se dessa alienação para exploração dos mais humildes.
Somente exercendo educação seremos uma nação soberana.

sábado, 18 de outubro de 2008

Os planos educacionais...

A elaboração de um plano de educação pessupõe algunsmotivos que o exijam. Isso significa que deve ser constatada a existência de determinado problema para, então, buscar soluções para ele, fomular uma politica de implementação. Ocorre que um problema governamental, só existe com uma percepção coletiva. Não basta, assim, somente algumas pessoas terem consciência do problema; é preciso que existam pressões sociais coletivas para que determinado aspecto da realidade seja considerado problema. "Somente quando essa consciência se generaliza e se difundi amplamente na sociedade é que se pode falar de um problema em termos nacionais e de governo".

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Qual função da escola na sociedade atual?

















Desde sua criação a escola tem um papel fundamental na sociedade, o qual seu objetivo era doutrinar o processo de desenvolvimento educacional das crianças até a fase adulta, a fim de se criar uma rotina regrada, alienada e submissa aos padrões estabelecidos por entidades privadas. E com isso, se adequar facilmente ao ambiente industrial.
Ao longo desse tempo, foram usado diversos modelos de ensino, desde a inserção de matérias específicas à manifestações e reformas constitucional até chegar aos moldes usados hoje, tanto de escolas publicas como em instituições privadas, de ensino fundamental I e II, médio e técnico.

O que parece ser um processo de evolução é na verdade um declínio da formação intelectual da sociedade, estamos regredindo ao ponto de uma criança da 4º série não saber ler e escrever, contribuindo para o alto índice de analfabetos no Brasil. Jovens estão concluindo o ciclo de aprendizagem sem ter uma identidade, ou seja, são engolidos pela sociedade capitalista que exige cada vez mais qualificação para preencher uma vaga de trabalho.

Precisamos pontuar algumas questões, cito:
-O papel do professor para com o aluno;
-O papel da coordenação pedagógica;
-Inserir atividades extra curriculares ( incentivo ao esporte, gincanas, acesso à cultura e exposições, etc..)
Para chegar a um método com possibilidades reais de execução. Além de criar políticas públicas para levar o ensino as minorias menos favorecidas, que não tem a possibilidade de frequentar efetivamente a escola.



"
A VERDADEIRA DEMOCRACIA TEM DE OFERECER A TODOS O DIREITO DE SABER LER E ESCREVER, PENSAR, QUESTIONAR E ESCOLHER..."

domingo, 5 de outubro de 2008

JUSTIÇA ( PASCAL)

"É justo que o que é justo seja seguido. É necessário
que o que é mais
forte seja seguido.

A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica.

A justiça sem força é contradita, porque há sempre maus; a força sem a justiça é acusada. É preciso, pois, reunir a justiça e a força; e, dessa forma, fazer com que o que é justo seja forte, e o que é forte seja justo.

A justiça é sujeita a disputas: a força é muito reconhecível, e sem
disputa. Assim, não se pode dar a força à justiça, porque a força
contradisse a justiça e disse que ela era injusta, dizendo que ela é que era justa; e, assim, não podendo fazer com que o que é
justo fosse forte, fez-se com que o que é forte fosse justo."