domingo, 15 de janeiro de 2012

Adeus, sacolinhas



A partir deste mês inicia-se uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Apas - Associação Paulista de Supermercados para acelerar a redução do uso de sacolas plásticas nos supermercados. O que está gerando muita controvérsia e dúvidas em vários setores da sociedade.
Mas afinal, porque reduzir o uso das sacolinhas? De acordo com dados disponibilizados pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente é produzido entre 12 e 18 bilhões de sacolas por ano, a maior parte tem seu descarte inadequado gerando um grande impacto no meio ambiente.
Devido recomendações da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estas sacolas por estarem em contato direto com alimentos, devem ser feitas com material virgem, ou seja, para produzir uma deve-se recorrer à natureza, refinar petróleo, gerando emissões de gases e impactos na fauna e flora.
Este material que aparentemente é inofensivo chega a matar um milhão de animais marinhos por ano, entopem bueiros, dificulta o escoamento da água causando enchentes nas cidades.
Além disso, ela retém o resíduo orgânico que deixa de entrar em contato com os microorganismos, por isso o alimento que deveria se biodegradar acaba se transformando em biomassa, água e CO2, apodrecendo e virando Metano (CO4) que possui maior potencial de aquecimento.
Está mais do que claro os motivos para abolir esta prática, entretanto, as opções para se desfazer do lixo ainda são um tanto quanto obscuras, afinal, não temos um projeto efetivo para coleta seletiva, que deveria ser implantado de forma conjunta. As alternativas que estão sendo oferecidas pelas redes de supermercados são a sacola biodegradável (que terá um custo de aproximadamente R$ 0,20 cada) e a sacola retornável (sem valor definido).
Acredito que esta medida é válida para tentarmos melhorar a qualidade de vida em nosso planeta, entretanto, falta cobrarmos uma postura coerente e políticas pública dos nossos representantes para que tenhamos condições de agir de acordo com o que nos é cobrado. O que fica para nós é a boa vontade e o desejo de mudança que a própria sociedade esta adquirindo, as pessoas estão percebendo que é preciso transformar nossos hábitos para que tenhamos um futuro no planeta.

2 comentários:

Veridiana Prina disse...

Esse foi o meu artigo do mês de janeiro no jornal... só tive tempo de posta-lo agora, entretanto, escrevi antes de ver o video que esta um pouco abaixo... é fogo...

Aline disse...

Muito legal. Parabéns.