quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A grande mídia unida contra a democracia
Os últimos dois meses foram agitados para os interessados na defesa da liberdade de expressão e do direito à comunicação. Leitores desavisados terão certeza de que a liberdade de expressão nunca esteve tão ameaçada. Segundo uma campanha do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) , estão querendo soltar o monstro da censura. Para os mais tarimbados, fica ao menos a dúvida: que propostas justificam tamanho alvoroço das grandes corporações de comunicação? Por que motivo as matérias e argumentos são tão parecidos? Se a análise vai a fundo, desvela-se uma cobertura que escamoteia interesses privados e que se transforma em campanha propagandística. Com requintes de má fé.
Farsa em três atos
Em geral, quando se fala de "ações orquestradas da grande mídia", esta é muito mais uma figura de linguagem do que uma literalidade. Na maioria das vezes, os grandes meios de comunicação são como um quarteto de cordas, que não precisa de maestro - os músicos se acertam pelos ouvidos e por discretas trocas de olhares. Mas isso não se aplica ao tratamento dado ao tema da comunicação no último mês. Quem leu os grandes jornais, por exemplo, percebeu que a Associação Nacional de Jornais assumiu o literal papel de maestrina para este tema.
No caso da Confecom, o grande bloqueio se deu antes de sua realização, quando as principais entidades representativas do setor empresarial resolveram abandonar o barco. Bandeirantes, RedeTV! e as empresas de telecomunicações continuaram no processo até o fim. Das 665 propostas aprovadas, 601 obtiveram consenso ou mais de 80% de aprovação nos grupos de trabalho e nem precisaram ser votadas. Outras 64 foram aprovadas na plenária final, dentre elas nenhuma entendida por qualquer setor como tema sensível.
Nenhuma das 665 propostas atenta contra a liberdade de expressão ou contra a Constituição Federal. Ao contrário, várias delas buscam ampliar o alcance da liberdade de expressão nos meios de comunicação (hoje restrita a seus donos) e regulamentar artigos da Carta Magna que estão há 21 anos sem ser aplicados, especialmente pela pressão contrária de parte do setor empresarial. Dois temas foram destacados pelos grandes veículos ao criticarem as resoluções: uma proposta que estabelece um Conselho Nacional de Comunicação e outra que estabelece um Conselho Federal dos Jornalistas.
No primeiro caso, trata-se de um órgão para formulação, deliberação e monitoramento de políticas públicas, baseado nos princípios da Constituição, justamente com o papel de buscar equilíbrio no setor. Conselhos similares existem em várias democracias avançadas, inclusive nos Estados Unidos, onde ele é entendido como garantidor da liberdade de expressão. No segundo caso, trata-se de um conselho profissional da categoria, como já têm os médicos e advogados, cujo projeto inclui, como uma das infrações disciplinares de um jornalista, "obstruir, direta ou indiretamente, a livre divulgação de informação ou aplicar censura". Como se vê, o oposto do que a maioria das notícias veiculadas tentaram dizer ao leitor.
Segundo ato
A farsa seguiu com a acusação de que o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos representaria uma peça autoritária. Um conjunto de medidas de defesa de direitos humanos, da memória e da verdade foi tachado como se fosse o oposto do que é. Deve ser por isso que os setores militares conservadores se rebelaram para defender os "princípios democráticos" que sempre os guiaram contra o "autoritarismo" daqueles que lutaram contra a ditadura. Alguém consegue acreditar?
Nas propostas relacionadas à comunicação, duas pseudo-ameaças à liberdade de expressão. No primeiro caso, a defesa da regulamentação de um artigo da Constituição Federal com a indicação de que ele aponte punições para violações a direitos humanos. De novo não há aí nenhuma restrição, apenas a determinação de responsabilidades posteriores a publicação, como estabelece a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José), ratificado pelo Brasil. Na ausência destas definições, estaremos legitimando o racismo, a homofobia e o uso de concessões públicas para defender assassinatos de pessoas, fato infelizmente recorrente.
A outra proposta atacada foi a de "elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar um ranking nacional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações". Na prática, essa é a proposta de institucionalização da Campanha pela Ética na TV ("Quem financia a baixaria é contra a cidadania"), que nunca serviu para atacar liberdade de expressão, mas, ao contrário, ajudou a criar pontes entre os espectadores, usuários do serviço de rádio e TV e as emissoras. Estas, embora recebam uma concessão para cumprir um serviço público, nunca admitem se submeter a obrigações de serviço público, nem mesmo àquelas estabelecidas pela Constituição Federal. Alguns podem até questionar a utilidade desse ranking, mas certamente ele não representa ataque à liberdade de expressão. O restante da diretriz 22 (que trata sobre comunicação) do PNDH-3, trata da garantia ao direito à comunicação democrática e ao acesso à informação. Mas disso nenhum meio de comunicação falou.
Terceiro ato
As recentes críticas ao texto-base da Conferência Nacional de Cultura são o ápice da farsa (termo talvez mal-apropriado aqui, já que ela nada tem de cômica). O Estado de S. Paulo, O Globo e a Folha de S. Paulo atacaram o texto por ele dizer que "o monopólio dos meios de comunicação representa uma ameaça à democracia e aos direitos humanos, principalmente no Brasil, onde a televisão e o rádio são os equipamentos de produção e distribuição de bens simbólicos mais disseminados, e por isso cumprem função relevante na vida cultural".
A contestação foi à afirmação de que há ocorrência de monopólio nos meios de comunicação no Brasil. O trecho fica mais claro se citada a frase imediatamente anterior: "A produção, difusão e acesso às informações são requisitos básicos para o exercício das liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais". É um texto, portanto, que defende as liberdades, e aponta a concentração nos meios de comunicação como ameaça à democracia e aos direitos humanos. Com ele concordariam até os republicanos dos Estados Unidos, como demonstram recentes votações no Congresso daquele país. Mas não os jornais brasileiros.
É preciso deixar claro que "monopólio" ali é usado em sentido amplo e agregador. Até porque, embora a Constituição Federal (de novo...), em seu artigo 220, proíba a existência de monopólios e oligopólios, nunca houve a regulamentação deste artigo. Portanto o Brasil não tem como estabelecer critérios precisos para determinar se há ou não ocorrência de monopólio neste setor. Qual a referência? A propriedade? O controle? A participação na audiência? A participação no mercado publicitário? Todas as democracias avançadas estabelecem medidas não apenas anti-monopólios e oligopólios, mas anti-concentração, combinando os diferentes critérios citados acima. No Brasil, os únicos limites à concentração existentes foram estabelecidos em 1967 e são mais tênues do que os aplicados nos Estados Unidos, França e Reino Unido. O próprio Estadão já tocou, em editoriais recentes, no problema da concentração no rádio e na TV;
agora nega sua existência.
Também não passou despercebida pelos jornais a proposta de regulamentação do artigo 221 da Constituição Federal, que prevê a regionalização da produção de rádio e TV e o estímulo à produção independente. A matéria usa uma declaração completamente equivocada do deputado Miro Teixeira para dizer que o artigo não admite regulamentação. Embora haja pareceres que defendem que o artigo pode ser auto-aplicável, o seu inciso III diz justamente que as rádios e TVs deverão atender ao princípio de "regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei". Isto é, ele não só admite como solicita regulamentação. Bola fora ou má fé?
Outro ponto atacado pelos jornais é o trecho em que o texto defende o fortalecimento das rádios e TVs públicas e sua maior independência em relação aos governos. Diz o texto preparado pelo Ministério da Cultura: "As TVs e rádios públicas são estratégicas para que a população tenha acesso aos bens culturais e ao patrimônio simbólico do país em toda sua diversidade. Para tanto, elas precisam aprofundar a relação com a comunidade, que se traduz no maior controle social sobre sua gestão, no estabelecimento de canais permanentes dedicados à expressão das demandas dos diversos grupos sociais, na adoção de um modelo aberto à participação de produtores independentes e na criação de um sistema de financiamento que articule o compromisso de Municípios, Estados e União". Assim, o texto defende o controle social sobre as mídias públicas justamente para que estes veículos não sejam apropriados pelos governos. O foco é justamente
a defesa da liberdade de expressão para todos e todas. Onde há ataque à mídia? Onde há ameaça à liberdade de expressão?
Dejà vu
Para quem acompanha esse debate, esse comportamento não é novidade, embora o tom raivoso e histérico nunca deixe de assustar. Parte dos meios de comunicação não aceita nenhum tipo de medida que possa diminuir o poder absoluto exercido hoje por eles. Regras que em outros países democráticos são entendidas como condições mínimas para o exercício democrático, aqui são tratadas como ameaças à liberdade de expressão. A grita esconde, na verdade, a defesa de interesses corporativos, em que a liberdade de imprensa se transforma em liberdade de empresa.
A liberdade de expressão defendida por esses setores não é a liberdade ampla, mas a liberdade de poucas famílias. Contra qualquer medida que ameace esse poderio, lança-se o discurso da volta da censura, independentemente de não haver em nenhum desses documentos propostas que prevejam a análise prévia da programação. Independentemente de esses veículos negarem o direito à informação de seus leitores e omitirem informações e opiniões relevantes para a compreensão autônoma dos fatos, agindo de forma censora. Independentemente de os setores proponentes dessas medidas terem sido justamente aqueles que mais lutaram contra a censura estabelecida pela ditadura militar, da qual boa parte desses veículos foi parceira.
Nessa situação, quem deve ficar apreensivo com a reação são os setores que tem apreço à democracia. Como lembra um importante estudioso das políticas de comunicação, foi com este mesmo tom de "ameaça à democracia" que estes jornais prepararam as condições para o acontecimento que marcaria o 1º de abril de 1964. De novo, aqui eles não mostram nenhum apego à Constituição Federal e ao verdadeiro significado da democracia. Obviamente não há hoje condições objetivas e subjetivas para qualquer golpe de Estado, mas os meios de comunicação já deixaram claro de que lado estão.
João Brant
(Observatório do Direito à Comunicação 19.01.2010)
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Por que alguns falam mais errado?
Mais tarde, antes de deitar, comecei a pensar no assunto e me perguntei "por que há erros mais errados que os outros?".
Quando um 'erro de português' já se instalou definitivamente na língua falada pelos cidadãos mais letrados, ele passa despercebido e já não provoca reações negativas (ainda que seja condenado pela gramática normativa). Percebi que quanto menos prestigiado é um individuo (seja social ou intelectualmente), mais erros os membros 'privilegiados' encontram na língua dele.
É isso que faz com que doa o coração de minha amiga quando escuta "pra mim fazer", mas não haja nenhuma reação quando a mesma diz "deixa eu entrar".
Acredito que situações como estas não passam de puro preconceito, todos sabemos que existe uma norma culta, ok, mas não podemos impor. Existe uma grande diversidade cultural e lingüística e devemos respeitá-las. O que temos que ter, é discernimento para interpretar situações cotidianas para saber quando empregar a norma culta.
Ver este tipo de situação me causa um incomodo, pois imagino que isto não passa de preconceitos engessados por uma classe dominante e reproduzidos por aqueles que um dia fizeram uma graduação, têm um bom emprego e julgam-se donos do conhecimento, aqueles que esqueceram que são e de onde vieram, que ignoram suas raízes, que moram na periferia e que imitam aqueles que o exploram.
É triste, mas a vida é engraçada, kkkkk, pois coincidentemente estava lendo um livro que dedica um capitulo ao tema 'preconceito lingüístico', o que me dá esperança, pois vejo que existem outros pensando e combatendo a arrogância.
***Para quem se interessar:
GOMES, Maria Lucia de Castro. Metodologia do ensino da língua portuguesa, Curitiba: Ibepex, 2007.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Mostra Filmes Pipoca X Filmes Cabeça
A mostra contrapõe os filmes mais populares aos mais herméticos, em uma tentativa de suscitar uma reflexão sobre a arte e o entretenimento. A partir de sexta, dia 8, com entrada gratuita.
Confira a programação completa:
QUESTÃO DE IMAGEM
(Comme une Image, França, 2004, 107 min). Dir.: Agnes Jaoui. Com Marilou Berry, Agnès Jaoui, Jean-Pierre Bacri e outros. +16 anos.
História de Lolita, uma garota gordinha, infeliz por não se enquadrar no modelo clássico de beleza; de seu relacionamento com o pai, um poderoso editor e escritor que não aceita a velhice; e de sua professora de canto, uma mulher deprimida que não confia em seu próprio talento nem no de Lolita. Prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes.
/ Dia 8, 16h
O DIABO VESTE PRADA
(The Devil Wears Prada, Estados Unidos, 2006, 109 min). Dir.: David Frankel. Com Meryl Streep, Anne Hathaway, Stanley Tucci e outros. Livre.
Uma jovem jornalista consegue emprego de secretária na revista de moda mais conceituada de Nova Iorque, e precisa lidar com a terrível editora.
/ Dia 8, 18h
TIGRÃO – O FILME
(The Tigger Movie, Japão/Estados Unidos, 2000, 77 min). Dir.: Jun Falkenstein. Livre.
Animação na qual o Ursinho Pooh e toda a turma tentam ajudar o Tigrão a buscar seus semelhantes durante um inverno rigoroso. Antes da sessão, será exibido um episódio da série As aventuras de Panda!, de Hayao Myiazaki.
/ Dias 9 e 23, 15h
PRÓXIMA PARADA: WONDERLAND
(Next Stop Wonderland, Estados Unidos, 1998, 104 min). Dir.: Brad Anderson. Com Hope Davis, Philip Seymour Hoffman, Callie Thorne e outros. +12 anos.
Além de ter perdido a esperança de encontrar sua cara metade, Erin recebe a visita de sua mãe bisbilhoteira e casamenteira. A situação piora quando a mãe, para ajudá-la, coloca um anúncio com a descrição da filha nos classificados.
/ Dia 9, 18h
ROSETTA
(Bélgica/França, 1999, 95 min). Dir.: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. Com Émilie Dequenne, Fabrizio Rongione e outros. +14 anos.
A jovem e impulsiva Rosetta mora com a mãe alcoólatra em um trailer. Querendo se livrar da pobreza, busca incansavelmente um emprego, tendo de passar por cima dos concorrentes. Filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, do prêmio de interpretação feminina (Émilie Dequenne) e do prêmio do júri ecumênico.
/ Dia 10, 16h
EDUKATORS
(Alemanha, 2004, 127 min). Dir.: Hans Weingartner. Com Daniel Brühl, Julia Jentsch, Stipe Erceg e outros. +14 anos.
Como forma de protesto contra o proletariado, um trio de jovens invade a casa de pessoas ricas para desarrumar a decoração. Um fato inesperado afeta essa rotina e a relação entre eles.
/ Dia 10, 18h
TENTAÇÃO
(We Don’t Live Here Anymore, Estados Unidos, 2004, 98 min). Dir.: John Curran. Com Mark Ruffalo, Laura Dern, Peter Krause, Naomi Watts e outros. +16 anos.
As paixões e frustrações de dois casais muito amigos, mas não o suficiente para respeitarem a cama alheia. Premiado no Festival de Sundance como Melhor Roteiro Adaptado.
/ Dia 15, 16h
LADY CHATTERLEY
(França/Inglaterra, 2006, 168 min). Dir.: Pascale Ferran. Com Marina Hands, Jean-Louis Coulloc’h, Hippolyte Girardot e outros. +18 anos.
Mulher leva uma vida monótona na fazenda, cuidando do marido paraplégico, até que se apaixona pelo guarda-caça da propriedade. Elogiada adaptação da obra clássica de D. H. Lawrence.
/ Dia 15, 18h
LUPIN III – O CASTELO DE CAGLIOSTRO
(Rupan Sansei: Kariosutoro no Shiro, Japão, 1979, 110 min). Dir.: Hayao Miyazaki. Livre.
História do desafiador bandido Lupin, que descobre em um cassino de Monte Carlo dinheiro falsificado e segue seu rastro.
/ Dia 17, 15h30
MIAMI VICE
(Estados Unidos, 2006, 134 min). Dir.: Michael Mann. Com Colin Farrell, Jamie Foxx, Gong Li e outros. +16 anos.
Dois detetives são chamados para uma operação secreta que tem como objetivo desmascarar um dos principais traficantes dos Estados Unidos.
/ Dia 17, 18h
MARGOT E O CASAMENTO
(Margot at the Wedding, Estados Unidos, 1999, 91 min). Com John Turturro, Jason Leigh, Jack Black e outros. +14 anos.
Margot, uma brilhante escritora de contos que é rebelde e tem a língua afiada, faz uma visita surpresa ao casamento da irmã, causando o desconforto de todos.
/ Dia 22, 16h
SÃO PAULO S.A.
(Brasil, 1965, 111 min). Dir.: Luiz Sergio Person. Com Walmor Chagas, Eva Wilma, Darlene Glória e outros. +14 anos.
Operário se torna sócio de uma firma de autopeças e vive angustiado e insatisfeito. Em busca de uma nova forma de vida, abandona a mulher, o filho e o emprego.
/ Dia 22, 18h
CENAS DE UM CASAMENTO
(Scener ur ett Äktenskap, Suécia, 1974, 168 min). Dir.: Ingmar Bergman. Com Liv Ullmann, Erland Josephson, Bibi Andersson e outros. +14 anos.
Casal, aparentemente, leva uma vida feliz, até o rapaz se apaixonar por uma mulher mais jovem e querer o divórcio.
/ Dia 23, 18h
FLASHPOINT
(Dou Fo Sin, China, 2007, 87 min). Dir.: Wilson Yip. Com Donnie Yen, Louis Koo, Collin Chou e outros. +16 anos.
História de Jun Ma, um inspetor de polícia de Hong Kong que gosta de velocidade; e Jun, homem que detesta o crime, mas, como policial, luta contra três irmãos da máfia vietnamita.
/ Dia 24, 16h
O ULTIMATO BOURNE
(The Bourne Ultimatum, Estados Unidos, 2007, 111 min). Dir.: Paul Greengrass. Com Matt Damon, Chris Cooper, Julia Stiles e outros. +14 anos.
Uma matéria de jornal faz com que Jason Bourne seja mais uma vez perseguido, agora por uma nova geração de matadores treinados, secretamente, pelo governo americano.
/ Dia 24, 18h
4 MESES, 3 SEMANAS, 2 DIAS
(4 Luni, 3 Saptamani si 2 Zile, Romênia, 2007, 113 min). Dir.: Cristian Mungiu. Com Anamaria Marinca, Laura Vasiliu, Vlad Ivanov e outros. +14 anos.
Duas colegas dividem um quarto. Quando uma delas engravida, um homem que realiza abortos é chamado. Ao notar que ela está grávida há mais tempo do que havia dito, ele faz novas exigências.
/ Dia 29, 15h30
LIGEIRAMENTE GRÁVIDOS
(Knocked Up, Estados Unidos, 2007, 129 min). Dir.: Judd Apatow. Com Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd e outros. +16 anos.
Duas pessoas completamente diferentes passam a noite juntas, após muita bebedeira, e não se vêem novamente. Semanas depois, a moça procura o rapaz para avisar que está grávida.
/ Dia 29, 18h
AS AVENTURAS DE AZUR E ASMAR
(Azur et Asmar, França, 2005, 99 min). Dir.: Michel Ocelot. Livre.
Animação sobre Azur e Asmar, garotos que foram criados por Jeanne, mãe de Asmar. Eles cresceram juntos, como irmãos, ouvindo histórias sobre a Fada dos Djins. A partida de Jeanne separa os dois abruptamente, e eles só se reencontram quando adultos.
/ Dia 30, 15h
A RAZÃO DO MEU AFETO
(The Object of My Affection, Estados Unidos, 1998, 111 min). Dir.: Nicholas Hytner. Com Jennifer Aniston, Paul Rudd, Kali Rocha e outros. +12 anos.
Garota divide apartamento com um homossexual, por quem, aos poucos, se apaixona.
/ Dia 30, 18h
TABU
(Gohatto, Japão, 2000, 100 min). Dir.: Nagisa Oshima. Com Takeshi Kitano, Ryuhei Matsuda, Shinji Takeda e outros. +15 anos.
História polêmica sobre um jovem guerreiro japonês que se envolve em um relacionamento homossexual com um companheiro de tropa.
/ Dia 31, 16h
STARDUST – O MISTÉRIO DA ESTRELA
(Stardust, Estados Unidos, 2007, 127 min). Dir.: Matthew Vaughn. Com Claire Danes, Michelle Pfeiffer, Robert De Niro e outros. +14 anos.
O jovem Tristan tenta conquistar o amor da bela e fria Victoria e parte em busca de uma estrela cadente. A jornada o leva até uma terra misteriosa, além dos muros da cidade. Nessa odisséia, Tristan encontra a estrela, que se transformou em uma garota chamada Yvaine.
/ Dia 31, 18h
O Que: Filmes Pipoca X Filmes Cabeça
Quando: Sex
Quanto: Catraca Livre (GRÁTIS)
Onde: Biblioteca Pública Viriato Corrêa
Endereço: R. Sena Madureira, 298 - Vila Mariana - Sul. Telefone: (11) 5573-4017.
Obs: Todas as projeções têm suporte
As informações acima são de responsabilidade do estabelecimento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.
As conspirações de Quentin Tarantino....
sábado, 2 de janeiro de 2010
2010 eeee????
Mais um ano que termina e outro que começa... A contagem do tempo... mas afinal o que é o tempo?
O Ano Novo marca, teoricamente, um período em que você fecha um ciclo determinado pelo nascimento de Cristo (na verdade não tão exato, pois existem grandes dúvidas sobre a data exata do nascimento, da existência de Jesus) De qualquer forma o ano novo cristão começa em 1º de janeiro. O réveillon instaura uma nova relação com o tempo, que na realidade não muda nada, o que muda? Ok, tudo bem, vai ter reajustes de tudo que você paga, você vai usar uma agenda nova, você vai contar mais um ano de envelhecimento, que na verdade é somente uma marca para apontar a passagem do tempo metabólico.
Na minha concepção, estas datas comemorativas não passam de mercantilistas, pois os próprios cristãos concordam que não existe precisão destas informações e quando questionados sobre a comemoração a única resposta que obtenho é – Não comemore, apenas participo da tradição, ou seja, o ser humano fabrica significados para justificar o pavor que se vive por se ver frágil dentro do universo.
Quero dizer, o universo não sabe o que é 31 de dezembro, ele não reconhece a cor branca então ele não irá enviar energias especiais para ninguém, mas mesmo assim as pessoas acreditam que algo mudou e algumas exceções, realmente conseguem mudar algo com a passagem deste ciclo. A espécie humana precisa criar significados para sobreviver, mas estes não podem ser criados por nós mesmos, necessitamos de algo superior (deus) para darmos credibilidade já que quando analisamos nossos postulados percebemos que nenhum deles é auto-suficiente para se manter em pé.